A conta de luz alta, justificada pela mentira de “escassez hídrica” (com o País debaixo de chuva), tem a ver com outra escassez mais grave, a de competência. A conta continua cara porque medida provisória do presidente Bolsonaro nos obriga a pagar empréstimos das distribuidoras malandras, que alegam “prejuízos”, e pagar contratos bilionários para geração de termelétricas que não são ligadas a linhas de transmissão. Pagamos caro para produzir energia que não chega ao poste da rua.
Jogada de lobistas
O lobby fez o governo contratar termelétricas para o período de 2022 a 2025, uma moleza, em nome da “segurança do sistema elétrico”.
Burrice tem limite?
Despreparadas, autoridades ignoram que não há linhas de transmissão para escoar grande parte da energia gerada nas térmicas contratadas.
E a gente só pagando
A energia gerada e não consumida gera prejuízo de R$ 128 milhões por mês (R$ 1,5 bilhão anuais), tudo isso enxertado na conta de luz.
Pagando sem consumir
O pior é que o setor alega não poder desligar as geringonças caras e poluentes. A geração vai para o lixo, e ainda nos obrigam a pagar isso.
Covid é manchete, mas pneumonia mata o dobro
Os dados sobre mortes divulgados por cartórios revelaram que a covid domina o noticiário, espalhando medo entre os brasileiros, mas o janeiro mais mortal em 20 anos se deveu à alta de 70% nos óbitos causados por pneumonia, que matou praticamente o dobro da covid. Segundo as datas de registro nos cartórios, foram 21.718 mortes por pneumonia (do total de 144 mil), enquanto a covid-19 matou 11.819 pessoas em janeiro.
Relação indireta
Especialistas afirmam que a alta nas mortes por outras doenças está relacionada à pandemia, mas não como uma consequência da covid.
Da frigideira para o fogo
O medo fez muitos adiarem exames preventivos de diversas doenças, incluindo câncer, que descoberto em estágio avançado é mais letal.
Retrato nacional
Os dados estão divulgados no portal da Transparência do Registro Civil que reúne informações de 7.658 cartórios de 5.570 municípios do Brasil
No lombo do cidadão
Os R$ 8 bilhões de dinheiro “perdido” por cidadãos até serão devolvidos aos donos, mas sem correção monetária. Esse valor renderia R$ 40 milhões por mês na poupança, mas os bancos ganharam muito mais.
Apenas coincidência
O aplicativo Telegram deve ser banido do Brasil, por não “ajoelhar e rezar” perante o TSE. Certamente é mera coincidência o fato de Bolsonaro ter 1,1 milhão de seguidores e Lula menos de 50 mil.
Voto? Ora, o voto
O partido Rede não tem votos, elegeu só uma deputada federal, mas sempre recorre ao STF para fazer de conta que ganhou a eleição: já são mais de 50 ações anulando ou suspendendo atos do chefe de governo.
E existem?
“Qual é a diferença de ditadura feita pelas armas, como a gente vê, por exemplo, em Cuba, Venezuela, de uma ditadura que vem pelas canetas?”, perguntou o presidente Bolsonaro a apoiadores.
Brasil de sucesso
O Brasil ultrapassou a França e o Japão em população vacinada contra a covid: são 81,4% de brasileiros, 80,5% de japoneses e 79,9% de franceses com ao menos uma dose, diz a plataforma Our Wolrd in Data.
Melhorou
Pesquisa da Secretaria Nacional de Aviação Civil com 23 mil viajantes de outubro a dezembro de 2021 revelou que 92% consideram bons ou muito bons os serviços e infraestrutura dos aeroportos sob concessão.
Dá resultado
As exportações do agronegócio bateram recorde em janeiro: R$ 8,8 bilhões. Outro motivo para Bolsonaro não ter cancelado a viagem à Rússia, maior fornecedor de fertilizantes para o setor.
Santinho do pau oco
Circula nas redes sociais um suposto “santinho” de campanha de Lula para presidente, com Geraldo Alckmin de vice. “Frente ampla contra Bolsonaro” aposta a montagem. Não empolgou petistas, nem chuchus.
Pensando bem…
… parece que todo mundo espera uma guerra, exceto as partes envolvidas.
PODER SEM PUDOR
Não vale o escrito
O deputado estadual paulista Francisco Franco era da escola de Fernando Henrique “Esqueça o que escrevi” Cardoso. Franco presidia a Assembleia Legislativa quando anunciou ser contrário a um determinado projeto do Executivo. Procurado pelo líder do governo, foi seco: “Sou um homem de palavra. Eu falei, não volto atrás.” O líder mostrou a Franco um documento que ele mesmo assinara, dias antes, apoiando o projeto do governo. O deputado não se abalou: “Eu assinei, mas não falei. Só vale o que eu falo.”
Com André Brito e Tiago Vasconcelos