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Brasileiro que organizou eventos para a família real fala sobre a transição ao reinado de Charles III

A rainha Elizabeth II morreu, aos 96 anos, no Castelo de Balmoral, na Escócia. (Foto: Reprodução/Twitter)

O brasileiro Marcos Antunes da Silva, que há 29 anos vive em Londres, no Reino Unido, contou ao portal de notícias G1 sobre o período de transição depois da proclamação do Rei Charles III, que assumiu a coroa britânica após 70 anos do reinado de Elizabeth II.

A confirmação do falecimento da mais longeva monarca britânica da história foi feita na tarde da última quinta-feira (8) pelos canais oficiais da família real.

“A grande parte da população está abalada. Muitos tinham ela como uma ‘avó’. Até percebi um fluxo maior no metrô e nas ruas. Tem gente de outras cidades vindo pra se despedir. Se comparado à morte da princesa Diana, a dor é diferente, mas não inferior”, relata Marcos, que trabalha com a organização de eventos em uma companhia de regularização de metais preciosos.

“São cerca de 10 dias de luto, até o sepultamento. Só que a transição não acaba aí. É um processo demorado. Não é só simbolismo. As moedas agora não terão o rosto da rainha, mas o rosto do Rei Charles. Além disso, tem as saudações, tradições dos ingleses que vão mudar.”

Conforme os protocolos da realeza britânica, novas moedas e notas terão de ser projetadas e impressas com a efígie do Rei Charles III. A imagem da rainha Elizabeth II aparece hoje nas cédulas de 5, 10, 20 e 50 libras e em oito moedas diferentes.

Outra mudança, feita de forma mais rápida, é a atualização do hino nacional. Na versão atual, já cantada durante uma missa na Catedral de Saint Paul, em Londres, o termo “rainha” foi substituído por “rei”.

Marcos explicou que o impacto da perda de um membro da família real não se limita às questões socioeconômicas e políticas, mas também ao vínculo que a sociedade inglesa tem, em especial, com a realeza britânica.

“Até eu, que sou um brasileiro, estou sentindo um pouco desse luto”, admite Marcos, que já organizou diversos eventos para receber integrantes da família real, entre eles, Elizabeth II, Charles III, William e Harry.

“Já interagi, na época, com o príncipe Charles. Ele perguntou sobre um tipo de mel que colocamos. Também com Philip (Duque de Edimburgo), marido da rainha Elizabeth”, lembra Marcos.

Morte aos 96 anos

A rainha Elizabeth II morreu “pacificamente”, aos 96 anos, no castelo de Balmoral, na Escócia. O anúncio foi feito pelos canais oficiais da família real.

Os quatro filhos dela, Charles, Anne, Andrew e Edward, foram até a Escócia quando foi anunciado que a rainha estava sob supervisão médica. Um de seus netos, o príncipe William também foi até o castelo de Balmoral. À tarde, veio a notícia do falecimento.

A saúde da monarca já vinha sendo motivo de crescente preocupação desde outubro do ano passado, quando foi revelado que ela passou uma noite hospitalizada para ser submetida a exames médicos que nunca foram detalhados.

Desde então, ela reduziu consideravelmente sua agenda, com aparições em público cada vez mais raras e sendo observada caminhando com dificuldade, com o auxílio de uma bengala. As informações são do portal de notícias G1.

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