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Brasileiros ainda não sacaram mais de R$ 8,5 bilhões esquecidos nos bancos

A quantia total de valores a receber em outubro foi de R$ 8,716 bilhões. (Foto: EBC)

Os brasileiros não haviam sacado R$ 8,53 bilhões esquecidos no sistema financeiro até o fim de setembro, informou na quinta-feira (7) o BC (Banco Central). Segundo a atualização mais recente, o SVR (Sistema de Valores a Receber) devolveu R$ 8,35 bilhões de um total de R$ 16,88 bilhões colocados à disposição pelas instituições financeiras.

Em 16 de outubro, os recursos esquecidos foram transferidos para o Tesouro Nacional e aguardam a publicação de um edital com as novas regras para o saque. Caso o dinheiro não seja requerido nos próximos 25 anos, será incorporado definitivamente ao patrimônio da União.

As estatísticas do SVR são divulgadas com dois meses de defasagem. Os dados de outubro, último mês antes do repasse do dinheiro ao Tesouro, só serão apresentados em 6 de dezembro.

Em relação ao número de beneficiários, até o fim de setembro, 24,67 milhões de correntistas haviam resgatado valores. Apesar de a marca ter ultrapassado os 24 milhões, isso representa apenas 35,3% do total de 69,91 milhões de correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.

Entre os brasileiros que retiraram valores até o fim de setembro, 22,77 milhões são pessoas físicas e 1,9 milhão são pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 41,59 milhões são pessoas físicas e 3,65 milhões são pessoas jurídicas.

A maior parte das pessoas e empresas que não fizeram o saque tem direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 63,52% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 24,67% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,98% dos clientes. Só 1,83% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.

Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em setembro, foram retirados R$ 395 milhões, alta em relação ao mês anterior, quando tinham sido resgatados R$ 255 milhões.

O aumento ocorreu após a aprovação da lei que estabeleceu a transferência dos valores esquecidos para o Tesouro Nacional para compensar a prorrogação da desoneração da folha de pagamento até 2027. Os cerca de R$ 8,5 bilhões comporão os R$ 55 bilhões que entrarão no caixa do governo para custear a extensão do benefício.

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