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Viagem e Turismo Brasileiros decidem não viajar mais para fora do País por causa da alta do dólar

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Três em cada quatro brasileiros devem deixar o passaporte em casa e viajar pelo Brasil. (Crédito: Reprodução)

Meia volta volver. Muitos brasileiros que pretendiam viajar pelo mundo decidiram conhecer melhor o Brasil. E o principal responsável tem nome: dólar. Três em cada quatro brasileiros com planos de viajar neste ano deverão procurar destinos dentro do País. Uma pesquisa anual do Ministério do Turismo mostra que esse é o maior índice de preferência pelo turismo nacional nos últimos dez anos.

O vendedor John Esperandino está planejando as próximas férias. Ele diz que sonhou com Paris (França), flertou com Nova York (EUA), mas deve fechar mesmo é com Natal (RN). “Tem muitos lugares no Brasil que eu não conheço, então, a gente prefere viajar por aqui por causa do dólar também”, conta Esperandino.

A alta do dólar foi um reforço e tanto para acentuar essa escolha. A gerente regional de uma operadora diz que a procura por pacotes nacionais já representa mais de 60% do total.

Os gastos dos brasileiros lá fora, em abril, de 1,74 bilhão de reais, são os mais baixos dos últimos cinco anos e caíram quase 30% em relação a abril do ano passado.

Essa queda no volume de viagens internacionais mostrou como o brasileiro é importante e faz falta às companhias aéreas estrangeiras. Algumas já começaram a lançar promoções para reconquistar os clientes. Nos sites das operadoras, é possível encontrar passagens para o exterior com 40%, 50% de desconto.

Neste cenário, um bom planejamento é essencial para economizar na viagem. O comerciante Paulo Prates conseguiu um bom desconto e embarcou em agosto para Punta Cana, na República Dominicana. “Se você pegar uma boa promoção ainda compensa um pouco mais você ir para fora”, diz.

 
Menos poder de compra.

Ainda que o cenário não pareça atrativo, as viagens internacionais também são possíveis quando você entende que há maneiras de “turistar” gastando menos, sem abrir mão do conforto e muito menos da experiência.

A jornalista Flávia Marreira, 28 anos, decidiu viajar com o marido para Los Angeles, nos Estados Unidos, em dezembro passado. Ela comprou a passagem já com o dólar valorizado, a 2,50 reais, mas não esperava um aumento tão brusco. “Tinham me orientado a comprar os dólares aos poucos, aproveitando momentos de queda no preço. Só que o valor começou a subir e a gente ficou desesperado”, afirma.

Flávia até cogitou trocar a passagem, na expectativa de que o preço baixasse um dia. Ela diz ter em mente que seu poder de compra já não será o mesmo de quando a moeda americana estava valendo menos. “Já não está valendo comprar muita coisa lá fora.”

Para o economista Jason Vieira, a questão é a pessoa imaginar quanto ela tem de expectativa de gasto a mais. “Nesse cenário, a pessoa precisa entender o que vale e o que não vale a pena comprar”, explica.

Alternativas.

“Neste momento, toda a Europa fica muito interessante, pois o euro não está sofrendo a mesma alta. A Grécia, por exemplo, passa a ser um destino ótimo”, afirma a consultora de viagens Meilin Mares Guia. Países da América Central e do Sul também são boas opções, como Colômbia, Chile, Argentina, Peru, Bolívia e Panamá. “Os melhores custos benefícios para viajar, hoje em dia, são Lima [Peru], Buenos Aires [Argentina], Santiago [Chile] e Guayaquil [Equador], pois possuem preços acessíveis”, explica Patrícia Teixeira, diretora comercial da NX Turismo.

Uma opção mais ousada seria ir à Ásia. Apesar da passagem de avião mais cara, destinos exóticos como China, Tailândia e Vietnã apresentam custos bastante baixos em relação a todos os outros elementos da viagem, como alimentação.

A internet ajuda muito na hora de prever o quanto de dinheiro você gastará em determinado destino. O site Numbeo (www.numbeo.com), por exemplo, compara o custo de vida em vários países e lista preços médios de comidas, bebidas e transportes, entre outros itens.

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