Os ataques terroristas que deixaram 129 mortos e mais de 350 feridos em Paris (França) mudaram a rotina de brasileiros que moram ou estavam a turismo na capital francesa. A brasileira Paula Lopez, 39 anos, mora na rua de trás da casa de s hows Bataclan, palco de um massacre durante a apresentação da banda norte-americana Eagles of Death Metal. Ela, que diz passear pela Voltaire todas as noites, já teme manter a rotina.
“Circulamos todos os dias pela região, sempre passo ali em frente [à casa de shows Bataclan]. Estou muito assustada e me sinto insegura”, conta. Paula se mudou para a Europa há 14 anos e mora no bairro desde 2010. Segundo ela, os atentados de sexta-feira revivem o medo experimentado em janeiro, durante o ataque à redação do Charlie Hebdo.
“Estávamos nos preparando para sair quando ouvi as sirenes. Não imaginava que ao lado da minha casa ocorria um atentado”, diz o mestre de obra brasileiro Fábio Mirando, 33, que também vive em uma rua próxima à casa de espetáculos.
Bárbara Prado Simão, 22, conta que foi para Paris há cerca de três meses para fazer intercâmbio. Na hora dos atentados ela estava em um bar mais ao sul da capital francesa, longe dos ataques. Todos os amigos de Bárbara passam bem, mas ela ficou com medo de voltar para casa. “Moro perto de um dos locais em que ocorreu o fuzilamento, por isso dormi na casa de uma amiga.”