Em um momento em que mais da metade dos 50 Estados americanos fecharam as portas para imigrantes vindos do Oriente Médio, e que o candidato republicano na disputa presidencial líder nas pesquisas, Donald Trump, pede que o país impeça a entrada de muçulmanos, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, participou de uma cerimônia de naturalização de cerca de 30 pessoas vindas de outros países, dois do Brasil. E defendeu a tradição dos EUA como nação de imigrantes.
Em Washington, no Arquivo Nacional, homens e mulheres das mais variadas nacionalidades, da África, Europa, Ásia e Américas, balançaram pequenas bandeiras dos EUA após prestarem juramento de lealdade ao país, sob aplausos de autoridades civis e militares. A brasileira Patrícia Varajão Vieira da Silva chegou aos EUA em 2006, com 21 anos, para estudar inglês. Fez amigos, casou-se e, aos 32 anos, foi uma das que receberam a cidadania americana. Um outro brasileiro, Ivan de Jesus, também recebeu cidadania. O presidente, alvo de críticas de líderes republicanos por se declarar favorável a que os EUA acolham dez mil refugiados sírios nos próximos meses, afirmou que o país, quando se manifesta contrário à imigração, “trai não só os compatriotas americanos, mas também seus valores mais profundos”. (Bernardo Tabak/AG)