O presidente da Braskem, Carlos Fadigas, rebateu a alegação de que o contrato de nafta (principal insumo da indústria petroquímica) com a Petrobras, de 2009 e 2014, deu prejuízo de 6 bilhões de reais à petroleira.
“Não vejo nenhuma forma de sustentar qualquer número parecido com 6 bilhões de reais. Não existe nenhuma ação contra a Braskem nesse sentido nesse exato momento”, disse Fadigas nesta sexta-feira (7) em teleconferência com analistas.
O executivo se referiu à alegação do Ministério Público Federal, em julho, em meio a denúncias contra executivos da Odebrecht, controladora da Braskem, e da Andrade Gutierrez no âmbito da Operação Lava-Jato. A suspeita é que a estatal vendeu nafta à Braskem por valor abaixo do de mercado. Isso provocou intensa oscilação nos papéis da petroquímica.
“No que diz respeito à Braskem, isso ainda está no contexto de ações criminais contra terceiros”, disse Fadigas.
Segundo a Braskem, o suposto prejuízo resultou da decisão da Petrobras de usar nafta contratada pela indústria petroquímica para aumentar a produção de gasolina e atender ao aumento do consumo do combustível no Brasil. Para respeitar os contratos, depois teve que comprar nafta importada mais cara.
A Braskem está discutindo com a estatal a renovação do acordo, que está em seu terceiro aditivo de seis meses. O aditivo atual vigora até o fim de agosto. (Reuters)