Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 21 de dezembro de 2023
A Braskem foi alvo de uma operação deflagrada pela PF (Polícia Federal), na manhã desta quinta-feira (21), para investigar o afundamento do solo em bairros de Maceió (AL) causado pela mineração de sal-gema realizada pela empresa.
A atividade, executada entre 1976 e 2019, afetou o solo em cinco bairros da capital alagoana e obrigou 60 mil pessoas a deixarem suas casas por risco de desmoronamento. No início deste mês, parte de uma das minas, que fica dentro da Lagoa do Mundaú, uma das principais atrações turísticas de Maceió, se rompeu.
Durante a Operação Lágrimas de Sal, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão em Maceió, Rio de Janeiro e Aracaju (SE). Na capital de Alagoas, um dos alvos foi a sede local da Braskem, no bairro Pontal da Barra. Os funcionários que chegaram para trabalhar foram impedidos pela PF de entrar na empresa.
“De acordo as investigações, foram apurados indícios de que as atividades de mineração não seguiram os parâmetros de segurança previstos na literatura científica e nos respectivos planos de lavra, que visavam garantir a estabilidade das minas e a segurança da população que residia na superfície. Além disso, foram identificados indícios de apresentação de dados falsos e omissão de informações relevantes aos órgãos públicos responsáveis pela fiscalização da atividade, permitindo, assim, a continuidade dos trabalhos, mesmo quando já presentes problemas de estabilidade das cavidades de sal e sinais de subsidência do solo acima das minas”, informou a PF.