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Briga entre os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados pode acabar em despejo de Romário, Gleisi Hoffmann e Aécio Neves

Muitas das parcerias da CPI da Covid devem se repetir na CPMI do 8 de janeiro. (Foto: Divulgação)

Um novo impasse surgiu na relação entre os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL): a ocupação dos apartamentos funcionais. Até aqui, a crise estava concentrada na tramitação de medidas provisórias.

A Câmara decidiu pedir de volta os apartamentos ocupados por ex-deputados que se elegeram para o Senado. A justificativa na Casa é que não há unidades suficientes.

Ao todo, 11 senadores ocupam apartamentos funcionais da Câmara, que são considerados melhores por já terem sido reformados. Caso a medida se concretize, terão que deixar os imóveis. São eles:

Senadores não escondem mais a irritação com o provável despejo. “Seria bom manter a boa relação. Já moramos nesses apartamentos há muito tempo, esse despejo vai ser um transtorno”, disse um dos afetados.

Contrariado com a decisão da Câmara, Rodrigo Pacheco avisou para colegas que vai pedir de volta os apartamentos funcionais do Senado ocupados por três deputados:

Enquanto isso, a questão sobre a tramitação das medidas provisórias segue sem resolução. Senadores têm mostrado resistência à proposta da Câmara de que deputados tenham maioria nas comissões mistas para análise das MPs.

Deputados

Um outro impasse em relação aos apartamentos ocupados por deputados ocorre desde o início desta legislatura, e os parlamentares que detém o direito aos apartamentos buscam uma solução. É caso do conflito de Augusto Pupio (MDB-AP) e Dandara Tonantzin (PT-MG).

Além de ocupar irregularmente um apartamento, o deputado federal Augusto Pupio (MDB-AP) também recebeu auxílio-moradia no valor de R$ 4.253 no mês de fevereiro, segundo aponta o Portal de Transparência da Câmara dos Deputados.

De acordo com as regras da Casa, apenas deputados que não ocupam imóveis funcionais podem receber a verba do auxílio-moradia. Como Pupio não tem o direito ao apartamento, o sistema não inclui o deputado na lista dos ocupantes de imóveis funcionais.

Desde o ano passado, Pupio passou a ocupar o apartamento que pertencia à deputada Prof. Marcivania (PCdoB-AP), política que não foi reeleita e que passou a chave diretamente ao deputado, o que é irregular.

O imóvel, contudo, foi destinado à deputada Dandara Tonantzin (PT-MG), que cumpre os requisitos de prioridade para ocupar um apartamento funcional – entre eles, ser mulher.

A parlamentar tem em mãos um ofício da quarta secretaria da Câmara, responsável pela distribuição dos imóveis, que autoriza a sua estadia durante o mandato. No entanto, ela não pode ocupar o apartamento até que Pupio libere o local.

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