Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 5 de janeiro de 2024
Em mais uma declaração sobre a situação que envolve o lendário ator Alain Delon, o filho mais velho dele, Anthony, afirmou nesta sexta-feira que o conflito na família “não é um problema de herança”. A questão, segundo ele, está relacionada ao local onde o astro francês passará seus últimos dias.
“Quero começar apagando um incêndio […]. Todas essas histórias de dinheiro, herança, estas conjecturas, me dão nojo, porque não se trata disso”, disse Anthony Delon ao canal de televisão CNews. A fala ocorre um dia após ter concedido uma entrevista para a revista Paris Match, na qual afirma que o estado de saúde do pai piorou desde que sofreu um derrame em julho de 2019 e acusa sua irmã Anouchka de manipulá-lo.
Alain Delon, de 88 anos, anunciou que vai processar Anthony por estas declarações, criticando um “escândalo midiático” e a intenção de prejudicar a ele e à filha. Anouchka, por sua vez, também anunciou uma denúncia contra Anthony por difamação, ameaças e assédio.
“Não é um problema de herança, não é um problema de sucessão”, afirmou Anthony Delon. “Tudo isso já está resolvido (…) Minha irmã tem 50% de toda fortuna de meu pai. Meu irmão (Alain-Fabien) e eu temos o que se chama parte da reserva, ou seja, 25%”, disse o primogênito, acrescentando que ele e o irmão querem que a vontade do pai de permanecer em sua residência em Douchy-Montcorbon (Loiret, França) seja respeitada.
Impostos
A irmã Anouchka quer que o pai retorne à Suíça, onde tem residência administrativa e possui nacionalidade desde 1999. A “angústia” dela é que se o seu Delon permanecer na França, “será novamente considerado um cidadão francês”, o que implicaria “um enorme imposto” post mortem, argumentou.
Ao ser questionado sobre a denúncia de seu pai, Anthony voltou a argumentar que a irmã está o manipulando.
O filho de Alain Delon garantiu que o procurador responsável pelo caso, Jean-Cédric Gaux, solicitará “proteção judicial” ao ator, que na sua opinião deveria ser “colocado sob tutela”.
Contatado pela agência de notícias AFP, o procurador indicou que não “quer comentar uma troca confidencial com os advogados de Alain Delon e seus filhos” e lembrou “que o respeito pela dignidade da pessoa humana é um direito fundamental”.