Terça-feira, 25 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 14 de fevereiro de 2024
Um policial da Brigada Militar (BM) vai a júri popular nesta quinta-feira (15) pela morte do engenheiro civil Vilmar Mattiello, 58 anos. O caso ocorreu na madrugada de 14 de janeiro de 2016, quando a vítima voltava para casa e foi baleada após não atender a uma ordem para que parasse o seu veículo na avenida Wenceslau Escobar (bairro Tristeza), Zona Sul de Porto Alegre.
Conforme denúncia apresentada meses depois pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), o condutor voltava para casa com um amigo no banco do carona. Ele cruzou uma sinaleira de trânsito em alta velocidade, próximo a um posto da BM, desencadeando perseguição. Disparos foram feitos contra o vidro traseiro do veículo e um dos projéteis atravessou o encosto do banco, atingindo o condutor.
O engenheiro – casado e com duas filhas – perdeu o controle do carro, que acabou colidindo contra com poste. Um vídeo de câmera de monitoramento ajudou a 6ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) no trabalho de investigação. O inquérito levou à conclusão de que o policial (acompanhado de um colega em viatura da corporação) teve a intenção de matar.
A acusação é de homicídio simples, além de tentativa de homicídio (no caso do outro ocupante do automóvel). Serão ouvidas seis testemunhas de acusação e uma de defesa, além do próprio brigadiano.
“Trata-se de um caso de extrema gravidade e que o Ministério Público acompanha desde o início para garantir a condenação”, ressalta o promotor de Justiça Eugênio Paes Amorim, que atuará em plenário na 2ª Vara do Júri, no Foro Central. “Inicialmente denunciamos o réu por homicídio qualificado e tentativa de homicídio, mas o Poder Judiciário retirou os agravantes.”
(Marcello Campos)