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Por Redação O Sul | 21 de setembro de 2019
Na noite desta quinta-feira (19) a Polícia Federal (PF) indiciou sete funcionários da mineradora Vale e seis membros da consultora TÜV SÜD pelos crimes de falsidade ideológica e utilização de documentos falsos envolvendo a tragédia de Brumadinho. As duas empresas também foram indiciadas.
No dia 25 de janeiro deste ano aconteceu o rompimento da barragem I da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, em Minas Gerais. Quase oito meses após a tragédia, 21 pessoas continuam desaparecidas e o total de mortos identificados chega a 249.
Segundo a PF, o crime de falsidade ideológica ocorreu quando funcionários das duas empresas celebraram contratos utilizando informações falsas contidas nos documentos de Declaração de Condição de Estabilidade (DCE), feitos em 2018. Os documentos permitiram que a barragem seguisse funcionando normalmente mesmo com critérios de segurança abaixo dos recomendados pela própria mineradora e por padrões internacionais.
O indiciamento dos funcionários da Vale e da TÜV SÜD resultam da primeira parte das investigações da Polícia Federal sobre o caso, que também é investigado pela Polícia Civil do estado. A PF ainda deverá realizar novos indiciamentos, entretanto, no momento, aguarda a conclusão de perícias criminais sobre os crimes ambientais e os de homicídio. A expectativa é que os estudos indiquem um possível “gatilho” do rompimento da estrutura da barragem e, assim, fique possível determinar a responsabilidade individualizada nessas tipificações criminais.