Natural de Belo Horizonte (MG) e com famosa atuação na ponta esquerda, Bruno Henrique tem 33 anos, chegou no Flamengo em 2019 e, deste então, marcou 94 gols e conquistou 13 títulos com o clube carioca, incluindo duas Copa Libertadores da América e dois Campeonatos Brasileiros.
Durante a conquista histórica da Libertadores de 2019, o camisa 27 foi eleito o “Jogador do Torneio” mais importante para o futebol sul-americano, com 5 gols em 13 jogos. Ao longo da carreira como jogador, passou por clubes como Goiás, Santos e Wolfsburg, da Alemanha. Foi convocado para a Seleção Brasileira em duas ocasiões, em dezembro de 2019.
Em dezembro de 2023, o atacante renovou o contrato com o Flamengo e garantiu sua permanência no clube pelos próximos três anos. Segundo o Globo Esporte, a extensão de vínculo por três anos custou ao clube aproximadamente R$ 70 milhões, o que inclui salários (a remuneração varia a cada temporada), direitos de imagem e luvas, além de uma comissão de pouco mais de R$ 1 milhão aos empresários do jogador.
Com a camisa do Flamengo, Bruno Henrique já conquistou 13 títulos, que vão do Brasileirão e Libertadores da América até Supercopa do Brasil e Recopa Sul-Americana.
No entanto, se engana quem pensa que esses foram os únicos feitos de Bruno Henrique nos últimos anos. Além de conquistar a torcida do clube da Gávea, o atacante também viraliza nas redes sociais por momentos engraçados com frequência e vira alvo de memes como o “Oto Patamar” e como quando tentou conscientizar as pessoas a se protegerem contra a Covid-19 no início da pandemia.
Entenda
Uma operação deflagrada nessa terça-feira (5) mirou o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, pelo envolvimento na manipulação de jogos com o objetivo de ganhar apostas esportivas. Existem provas de que o atacante “agiu deliberadamente” durante uma disputa contra o Santos, em 1º de novembro de 2023, para ser punido pelo árbitro com um cartão visando possibilitar que familiares, que estavam cientes dessa intenção com antecedência, ganhassem dinheiro por meio de apostas esportivas.
Além do atleta, foram alvos Wander Nunes Pinto Junior, irmão de Bruno Henrique; Ludymilla Araujo Lima, cunhada dele; Poliana Ester Nunes Cardoso, prima do jogador; o casal Claudinei Vitor Mosquete Bassan e Rafaela Cristina; e Elias Bassan, Henrique Mosquete do Nascimento, Andryl Sales Nascimento dos Reis, Douglas Ribeiro Pina Barcelos e Max Evangelista Amorim, todos residentes em Belo Horizonte, que é a cidade natal de Bruno Henrique, e que tem algum vínculo com o mundo do futebol como ex-jogadores ou como jogadores amadores de futebol.
Na ocasião, o Santos conseguiu a vitória sobre o Flamengo, por 2 a 1, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro, disputada no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Na operação, seis promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (Gaeco-MPDFT) e mais de 50 policiais federais da Coordenação de Repressão à Corrupção da Polícia Federal (PF) cumprem 12 mandados de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Vespasiano (MG), Lagoa Santa (MG) e Ribeirão das Neves (MG).
Nos cinco minutos de acréscimo do segundo tempo da partida contra o Santos, segundo a súmula da partida, Bruno Henrique levou primeiro um cartão amarelo por acertar um adversário na disputa da bola e, logo na sequência, recebeu o cartão vermelho por ofender o árbitro.
Conforme informações, sabendo que o jogador provocaria ao menos um dos cartões, seu irmão, cunhada e prima criaram, na véspera da partida, contas em casas de aposta virtual e realizaram palpites focando especificamente na punição do atleta, obtendo, assim, ganhos indevidos. Esse mesmo padrão de apostas dirigidas à perspectiva de que Bruno Henrique receberia um cartão durante a partida realizada em Brasília foi identificado nas contas dos outros seis investigados.