Após a conquista do título da Copa do Brasil pelo Flamengo, nesse domingo (10), em Belo Horizonte (MG), o atacante Bruno Henrique falou pela primeira vez sobre a investigação da Polícia Federal em que é suspeito de receber cartões em benefício de apostadores.
O jogador garantiu ser inocente e que disse esperar que sua inocência seja comprovada.
“Sim (sou inocente). Recebi (a operação) de uma forma agressiva. Não esperava da forma que foi, mas eu acredito na justiça lá de cima. Deus é um cara que sempre sabe. Minha vida, minha trajetória, desde quando eu comecei a jogar futebol. Deus sempre foi comigo. E, cara, eu estou tranquilo em relação a isso. As pessoas que estão aí nessa batalha comigo, eu só peço que a justiça seja feita e separar fora de campo com dentro de campo”, disse ele, em entrevista ao Troca de Passes, do sportv.
Antes, o atacante contou que tem recebido ajuda de uma psicóloga para separar o que acontece fora de campo do seu trabalho no dia a dia. Na vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-MG, nesse domingo, ele deu o passe para o gol de Plata.
“Muita gente não sabe, mas a importância é muito grande do trabalho mental. Eu tenho uma pessoa que me ajuda bastante, a Flávia, ela sempre me ajudou nos momentos difíceis e bons, está sempre entendendo mais o Bruno. Sou um pouco difícil de entender, mas depois que eu passei a ter esse trabalho com ela eu consegui separar mais as coisas fora de campo e não trazer para dentro. Não é fácil, mas só com esse trabalho mental no dia a dia eu consegui dar o melhor e focar somente no que temos que fazer”, explicou o atleta.
Bruno Henrique foi alvo de uma operação da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio de Janeiro que investiga manipulação num jogo do Campeonato Brasileiro. O jogador é suspeito de ter tomado cartões no confronto entre Flamengo e Santos, no dia 1 de novembro de 2023, pelo Brasileirão, para beneficiar apostadores.
Mais de 50 policiais federais cumpriram, na última terça, 12 mandados de busca e apreensão (sem mandados de prisão) em endereços no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vespasiano (MG), Lagoa Santa (MG) e Ribeirão das Neves (MG).
Entre os endereços que são alvo da PF no Rio, estavam o Ninho do Urubu, CT do Flamengo, e a casa do jogador na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. Bruno Henrique estava no residência, onde foi apreendido apenas o celular. Além do atleta, a PF investiga parentes de Bruno Henrique.