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Esporte Bruno Henrique estava em casa e foi acordado por agentes da Polícia Federal e do Ministério Público em operação contra manipulação de jogo

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O atleta entregou documentos, celulares e outros aparelhos eletrônicos.

Foto: Gilvan de Souza/Flamengo
O atleta entregou documentos, celulares e outros aparelhos eletrônicos. (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

O jogador Bruno Henrique, atacante do Flamengo, alvo nessa terça-feira (5) da Operação Spot-fixing, dormia no momento que os agentes chegaram à casa dele — numa mansão na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Em seguida, ele abriu a porta para os agentes e forneceu a documentação necessária. O atleta entregou documentos, celulares e outros aparelhos eletrônicos.

Liberado, Bruno foi treinar normalmente. O Flamengo não vai afastá-lo e conta com ele para o segundo jogo da final da Copa do Brasil, domingo (10). A assessoria de imprensa de Bruno Henrique informou que “por enquanto não vai se manifestar” sobre a operação da PF. O Flamengo disse que confia no jogador.

Agentes da Polícia Federal (PF) saíram para cumprir 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça do Distrito Federal, nas cidades do Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Vespasiano (MG), Lagoa Santa (MG) e Ribeirão das Neves (MG). Também são alvos o irmão de Bruno Henrique, a cunhada e 2 amigos.

Os alvos
– Andryl Sales Nascimento dos Reis;
– Claudinei Vitor Mosquete Bassan;
– Douglas Ribeiro Pina Barcelos;
– Elias Bassan;
– Henrique Mosquete do Nascimento;
– Ludymilla Araujo Lima, cunhada de Bruno Henrique;
– Max Evangelista Amorim;
– Poliana Ester Nunes Cardoso, prima de Bruno Henrique;
– Rafaela Cristina Bassan;
– Wander Nunes Pinto Junior, irmão de Bruno Henrique.

Segundo as investigações, o atleta forçou uma falta para cartão no jogo contra o Santos, há 1 ano, válido pelo Brasileirão de 2023, para supostamente favorecer parentes no mercado de apostas. O rubro-negro acabou expulso no fim da partida. Entre os endereços visados estão a casa do atacante, na Barra da Tijuca; o Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo, em Vargem Grande; e a sede do clube, na Gávea, todos no Rio de Janeiro.

A investigação começou com uma comunicação feita pela Unidade de Integridade da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). De acordo com relatórios da International Betting Integrity Association (Ibia) e Sportradar, que fazem análise de risco, houve apostas sobre cartões em um volume acima do normal para aquele Flamengo x Santos. No decorrer da investigação, os dados obtidos junto às bets, por intermédio dos representantes legais indicados pelo Ministério da Fazenda , apontaram que parentes de Bruno Henrique apostaram que ele tomaria um cartão amarelo — o que de fato aconteceu.

“Trata-se, em tese, de crime contra a incerteza do resultado esportivo, que encontra a conduta tipificada na Lei Geral do Esporte, com pena de 2 a 6 anos de reclusão”, disse o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).

A partida sob investigação ocorreu em 1º de novembro de 2023, pela 31ª rodada do Brasileirão do ano passado. O mando da partida era do Flamengo, que optou pelo Estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Aos 50 minutos do 2º tempo, Bruno Henrique fez falta em Soteldo, à época no Santos, e levou amarelo. O atacante rubro-negro foi reclamar de forma ríspida com o árbitro Rafael Klein, que o puniu com mais um amarelo, levando ao cartão vermelho e à expulsão. O Flamengo perdeu o jogo por 2 a 1. As informações são do portal de notícias G1.

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