Quinta-feira, 19 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 30 de setembro de 2022
A ferramenta de pesquisa do Google parece um pouco diferente. Os resultados de buscas mostram no início das páginas produtos de lojas, artigos, boletins informativos e publicidades, antes que as pessoas rolem para a lista de resultados — os conhecidos links azuis, que são sinônimo do serviço.
Nesta semana, durante um evento chamado Search On in San Jose, na Califórnia, empresários do Google sinalizaram que o mecanismo de pesquisa da empresa acompanharia as últimas tendências do Vale do Silicio. A companhia continuaria com a marcha para se distanciar das buscas de textos e resultados, passando a focar em imagens e em materiais mais imersivos.
Quando as pessoas procurarem por destinos de férias, por exemplo, elas encontrarão o que o Google chama de resultados “visual foward” — fotografias organizadas em blocos, semelhantes aos stories do Snapchat e do Instagram, junto com mapas e imagens de sites de viagens com os respectivos links para a página.
Os usuários poderão procurar através do Google utilizando imagens e textos simultaneamente, apontando as câmeras para um sofá ou uma blusa, por exemplo, e usando o texto para refinar a busca. “Sua câmera será o seu próximo teclado”, escreveu em um blog Prabhakar Raghavan, vice-presidente sênior do Google.
“Nós vamos continuar criando formas mais fuidas e intuitivas de buscas por informação”, escreveu Raghavan sobre as mudanças, que a companhia espera por em prática nos “próximos meses”.
O Google tem feito, a cada ano, constantes mudanças em seu mecanismo de pesquisa. Em 2020, a empresa introduziu a Live View in Google Maps, permitindo que as pessoas usassem suas câmeras para se localizarem e encontrarem direções a serem seguidas.
Agora, os usuários poderão procurar com uma Live View, levantando sua câmera para que o Google possa apontar para o caixa eletrônico ou o café mais próximo, utilizando a realidade aumentada — uma tecnologia que usa imagens do mundo real no espaço virtual.
O vice-presidente e diretor geral do Google Search, Cathy Edwards, disse que embora a empresa soubesse que a geração Z tinha “uma forte preferência por materiais visuais”, eles não estão interessados em criar produtos para apenas uma parte da população.
Ainda que a companhia aparentou se inspirar nos mais jovens quando nomeou o novo recurso do mapa, que procura as melhores atrações e uma área baseada em comentários dos usuários. O Google chamou o recurso de Neighborhood Vibe, isto é, uma espécie de mecanismo que reflete as preferências da vizinhança.