Segunda-feira, 27 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 27 de outubro de 2023
A Polícia norte-americana encontrou morto, nesta sexta-feira (27), o autor do ataque a tiros que causou ao menos 18 mortes na cidade de Lewinston, no Estado do Maine, dois dias antes. Reservista do Exército, o homem tinha 40 anos e era alvo de buscas pelas autoridades. Seu corpo foi achado em local próximo a um centro de reciclagem onde ele havia trabalhado.
Na noite de quarta-feira (25) o ex-militar abriu fogo em um bar e pista de boliche. Outras 13 pessoas ficaram feridas no incidente, considerado pela imprensa dos Estados Unidos como o mais letal desse tipo já registrado no país.
Durante quase 48 horas de caçada policial com a ajuda do FBI (a polícia federal americana), o suspeito foi procurado em diversos locais. O seu automóvel foi encontrado em um rio, motivando buscas subaquáticas com mergulhadores e equipamentos.
As autoridades de Lewinston chegaram a pedir que as pessoas se protegessem em casa, em uma situação que muitos compararam a um “lock-down”. Até mesmo estabelecimentos do comércio permaneceram fechados, alguns dos quais retomaram atividades somente após a notícia de que o suspeito está morto.
Todas as vítimas foram identificadas. Dentre elas estão um casal de idosos e um adolescente de 14 anos, que morreu ao lado do pai.
O presidente norte-americano, Joe Biden, publicou um pronunciamento oficial em que lamenta a morte das pessoas em Maine e afirma que oferecerá tudo o que for necessário para apoiar o povo do Estado.
Na mesma mensagem, ele pede o apoio aos congressistas a um projeto de lei para proibir rifles e cartuchos com alta capacidade de dano: “Isso é o mínimo que devemos a todos os cidadãos, que agora terão que suportar as cicatrizes físicas e mentais de mais um ataque a tiros em nosso país”.
Crime atípico
Com menos de 40 mil habitantes, Lewiston faz parte está localizada a aproximadamente 56 quilômetros ao norte de Portland, maior cidade do Maine. O Estado tem baixos índices de criminalidade, se comparado a outras áreas do país: durante todo o ano passado, registrou 29 homicídios.
O Estado não exige autorização para porte de armas e tem uma cultura armamentista que decorre, em boa parte, de suas tradições relacionadas a caça e tiro esportivo.
“Nosso pequeno Estado de apenas 1,3 milhão de pessoas é conhecido há muito tempo como um dos mais seguros. Esse ataque atinge quem somos e os valores que prezamos nesse lugar que chamamos de lar”, declarou uma autoridade local ao comentar o incidente.