Quarta-feira, 12 de março de 2025
Por Redação O Sul | 23 de maio de 2023
Senador classificou caso como uma “revitimização”
Foto: Jefferson Rudy/Agência SenadoO senador Magno Malta (PL-ES) criticou as cobranças por justiça e respeito no novo caso de racismo contra Vinicius Júnior, classificando a situação como uma “revitimização”. Ele ainda ironizou: “Cadê os defensores da causa animal que não defendem o macaco?”.
As falas foram proferidas durante sessão da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, nesta terça-feira (23).
“Você só pode matar uma coisa com o próprio veneno de alguma coisa. Então, o seguinte: cadê os defensores da causa animal que não defende (sic) macaco? Macaco tá exposto (sic). Veja quanta hipocrisia. E o macaco é inteligente, é bem pertinho do homem, a única diferença é o rabo. Ágil, valente, alegre, tudo o que você pode imaginar, ele tem”, disse.
“Eu, se fosse um jogador negro, eu ia entrar em campo com uma leitoinha branca nos braços e ainda dava um beijinho nela. Falava assim: ‘Ó como não tenho nada contra branco. E eu ainda como se tiver….”, colocou.
O parlamentar também alegou que a cobertura da imprensa brasileira sobre o caso — que cobra atitudes das autoridades espanholas e debate o racismo contra o atleta brasileiro — é feita porque “dá ipobe”.
“O mais triste para mim é que as emissoras ficam com esse assunto desde ontem reverberando, revitimizando ele, porque o assunto dá Ibope, para eles ganhar (sic) mais patrocinador (sic). É uma descaração isso”, comentou.
O caso
O brasileiro Vinicius Junior foi mais uma vez vítima de racismo na Espanha.
Parte da torcida do Valencia, que enfrentou e venceu o Real Madrid no domingo (21) por 1 a 0, gritou insultos racistas direcionados ao jogador brasileiro no segundo tempo da partida, que foi paralisada pelo árbitro por causa das ofensas.
No Estádio Mestalla, torcedores do Valencia gritaram repetidas vezes “mono” (macaco) em direção a Vini Jr, que mostrou ao árbitro Ricardo de Burgos de onde vinham as ofensas.