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Calotas da Antártica podem estar apresentando taxa de derretimento recorde nos últimos 5 mil anos

Relatório da OMM aponta que geleiras andinas perderam mais de 30% de sua área em menos de 50 anos. (Foto: Reprodução)

A Antártica pode estar apresentando uma taxa recorde de derretimento de suas calotas de gelo nos últimos 5 mil anos. Essa é a conclusão de uma pesquisa apresentada na revista Nature Geoscience por especialistas da Universidade do Maine, nos Estados Unidos. Segundo os pesquisadores responsáveis pelo estudo, o comportamento do manto de gelo da Antártida Ocidental em cenários futuros de aquecimento global continua a ser uma grande incerteza para as projeções do nível do mar.

Geleiras derretidas

Para os cientistas, é motivo de preocupação a perda maciça em curso das geleiras Thwaites e Pine Island, que provavelmente diminuirão rapidamente uma vez que estão sendo derretidas por baixo, pelas águas profundas circumpolares quentes.

Essas duas grandes geleiras da Antártica Ocidental podem estar perdendo gelo mais rapidamente do que nos últimos 5 mil anos, o que pode levar a um aumento significativo do nível do mar nos próximos séculos.

Essas geleiras são propensas ao derretimento rápido, uma vez que ficam em um leito “inclinado para dentro”, onde a água quente do oceano pode ter contato com as partes flutuantes das geleiras e erodir o gelo de sua base, potencialmente causando uma perda de massa descontrolada.

Aumento do nível do mar

O rápido recuo dessas duas geleiras pode reduzir o tamanho do manto de gelo da Antártica Ocidental, contribuindo potencialmente para um aumento do nível do mar global de até 3,4 metros para os próximos séculos.

Calotas menores

No entanto, segundo os pesquisadores, há a possibilidade de que as geleiras possam ter sido muito menores em um passado geologicamente recente, o que significaria que no meio do período Holoceno, como é conhecida o período dos acontecimentos há mais de 5000 anos, que era ainda mais quente que a atual.

Se as calotas eram de fato menores, há possibilidade de elas terem crescido mais tarde, o que aumentaria as esperanças de que esse fenômeno (aumento das calotas) pode ocorrer novamente no futuro. As informações são do jornal O Globo.

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