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Calote na faixa 1 do programa Minha Casa, Minha Vida chega a quase 30%

A queda na renda e o aumento do desemprego têm pesado na taxa de inadimplência dos beneficiados pela faixa 1. (Foto: Arquivo/ Tuca Melges/AE)

“Como os pedidos só foram diminuindo, quando o celular tocava de manhã, a gente já sabia que era o banco ligando para cobrar a prestação da casa”, lembra o auxiliar de cozinha Luiz Eduardo Meirelles, 48 anos, que faz doces para festas desde que foi demitido de uma confeitaria da Grande São Paulo, em maio.

Ele está no grupo de mutuários da faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida – que recebe o maior subsídio do governo – que não vem conseguindo pagar as prestações. Com medo de perder o imóvel, ele vai vender sua moto e passará a fazer as entregas dos doces de bicicleta.

A queda na renda e o aumento do desemprego têm pesado na taxa de inadimplência dos beneficiados pela faixa 1. O índice de atraso superior a três meses bateu em 28% em setembro. No mesmo mês de 2015, eram 23% com parcelas em aberto há mais de 90 dias. É o maior porcentual de atraso desde o agravamento da crise. No Amapá e em Roraima, os Estados com maior porcentual de inadimplentes em setembro, os atrasos chegam a 41%. Depois vêm Pará (40%) e Bahia (37%).

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