Usando o pretexto de “Missão Oficial”, deputados federais fizeram um verdadeiro tour por 20 países ao longo de 2022. O destino favorito das excelências foram os Estados Unidos, com visitas por exemplo a Nova York e a Las Vegas, a capital da jogatina e dos cassinos. Destinos concorridos por turistas, como Lisboa (Portugal), Paris (França) e o circuito Milão/Madri/Barcelona (Itália) também foram desfrutados pelos nobres, tudo pago com dinheiro tirado do bolso do pagador de impostos.
Prioridades
Poucos são os países pobres que receberam os deputados, mas sobram visitas para os ricos como Suíça, Bélgica, Holanda, Japão e Mônaco.
Money
Nas viagens, os deputados não coçam o bolso. Recebem diária, em dólar, que varia entre US$ 391 (cerca de R$ 2.142) e US$ 428 (R$ 2.350).
Sem aperto
A indecorosa ajuda não é justificada quando lembrado os R$ 33,7 mil de salário. Isso antes do reajuste que passou para R$ 41,2 mil.
Caixinha
O pagamento em dólar é excelente atrativo quando comparado ao valor da diária para destinos nacionais, “míseros” R$ 524.
Ingresso do Brasil na OCDE vai para a geladeira
A posse de Lula provocou outro grave prejuízo ao País, com iniciativas que revelam desinteresse no ingresso do Brasil na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). É uma luta iniciada há duas décadas e o Brasil nunca esteve tão perto da vitória final. Mas Lula extinguiu a secretaria responsável por lidar com o processo de aceitação do País no organismo, após a “reestruturação” e criação de cargos cujo objetivo não é o interesse nacional, mas criar “boquinhas”.
Tudo detalhado
No final de setembro, o Brasil enviou um memorando de 1,1 mil páginas que detalham o grau de alinhamento às normas exigidas pela OCDE.
Abatido em pleno voo
O Brasil já cumpre mais da metade das 208 normas imprescindíveis e estava no processo de atingir mais 45. Agora o processo está de molho.
Não sabe o que diz
O chanceler Mauro Vieira avisou que manterá “diálogo” com a OCDE, em desconexão com o desinteresse da Presidência da República.
Ataque ignorante
O governo já arrumou maneira de atacar Israel, não por acaso, a única democracia (socialista, aliás) na região: o Itamaraty criticou a “incursão” do governo israelense na Esplanada das Mesquitas, nesta terça (3).
Quanta diferença
O discurso de posse do novo chanceler Mauro Vieira causou espanto pela mediocridade e rancor. Além da deselegância contra o antecessor, embaixador Carlos França, que, ao contrário, foi elegante e profissional.
Multidão indignada
Ao perceber a chegada do presidente Lula ao velório de Pelé, a multidão emocionada passou a protestar, entoando aos gritos o mantra “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”. O petista não terá vida fácil.
Como nunca
O deputado Marcel Van Hattem (Novo-SP) pediu que petistas aproveitem o recesso para comemorar o retorno ao Planalto porque na nova Legislatura “terão oposição como nunca antes na história deste país”.
Não é mercado
Nos postos de combustíveis do Distrito Federal já há aumentos de mais de R$1 no preço da gasolina. Os preços do etanol também foram aumentados artificialmente por distribuidoras e postos, sempre eles.
Cai pra dentro!
Candidata derrotada a presidente, a senadora Soraya Thronicke (União-MS) desafiou os que chamou de “insatisfeitos”: devem se filiar a se candidatar. “Quem é ‘bão’ mesmo tem que estar aqui… cai pra dentro”.
Revista
A rotineira varredura em busca de grampos, após trocas de governo, ainda não achou nada. Situação diferente da incivilizada saída de Dilma, quando foram encontrados impropérios contra Michel Temer.
Ele é reincidente
Acusado pelo PSDB de homofobia por comentário sobre Eduardo Leite, o ator José de Abreu é agressor reincidente. Chegou a dizer para a deputada Tabata do Amaral (PSB-SP) que a socaria até ser preso.
Pergunta na consciência
Por que emprego e corrupção não têm sido grandes temas até agora?
PODER SEM PUDOR
A lição de Afonso Arinos
O presidente Lula queria reunir a cúpula dos países “emergentes” da África e da Ásia. Em 1960, Fidel Castro propôs o mesmo a Jânio Quadros, que o visitava. A lição coube ao senador Afonso Arinos, que estava na comitiva: “Os países da África e da Ásia representam, numericamente, uma força maior que nós americanos e com interesses muito diversos dos nossos. Caso esta cúpula se encaminhe para votações cujos interesses não sejam exatamente os nossos, eles formarão maioria, ficaremos expostos e seremos forçados a segui-los, perdendo o controle dos destinos da cúpula e obrigados a aceitar conclusões que não nos sejam favoráveis.” Fidel ficou calado e nunca mais se falou nisso.
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos