Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 14 de maio de 2015
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (13/05) o texto principal do segundo ponto do ajuste fiscal do governo Dilma Rousseff, a MP (medida provisória) 664, que endurece as regras de concessão da pensão por morte e do auxílio-doença. Na votação do texto principal, foram 277 votos a favor e 178 contra, uma diferença de 99 votos. No início da análise do pacote, na semana passada, essa margem foi bem mais estreita, de 25 votos.
Apesar do alívio, o governo voltou a enfrentar protestos da oposição, que mais uma vez entoou no plenário o coro de que “o PT pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão”. Os deputados levaram faixas contra Dilma, o que causou empurra-empurra entre os parlamentares. A sessão foi interrompida quando manifestantes da Força Sindical do deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), que ocupavam as galerias, abaixaram as calças e mostraram as nádegas. Na semana passada, eles derrubaram no plenário falsos dólares” em alusão ao escândalo na Petrobras.
Rebelião
O Planalto também enfrentou ameaças de rebelião em sua própria base. Teve, por isso, que negociar demandas reprimidas de aliados – boa parte delas relacionadas a cargos federais. Apesar disso, o PDT do ministro do Trabalho, Manoel Dias voltou a votar contra o ajuste.
Para que o texto avançasse no Congresso, o governo já havia aberto mão de alguns bilhões da economia inicialmente prevista, de 18 bilhões de reais com todo o pacote. Reduziu, por exemplo, o tempo de contribuição necessário que queria estabelecer para haver direito à pensão por morte, de dois anos para um ano e meio. Após a votação das emendas, o que deve ocorrer nesta quinta-feira (14/05), a medida segue ainda para apreciação do Senado. O pacote de Dilma prevê mais uma MP.