Quinta-feira, 23 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de junho de 2015
Responsável pelas maiores derrotas legislativas do governo Dilma Rousseff neste ano, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou na manhã desta quinta-feira (25) que a Casa “passou dos limites” e colocou o ajuste fiscal em risco ao aprovar, na véspera, um reajuste maior a aposentados e pensionistas.
“Essa medida passou dos limites. Essa aprovação realmente causa um prejuízo ao País, foi feita de forma equivocada. É bom que se chame à consciência de que tudo tem um limite”, afirmou o parlamentar. Na noite de quarta-feira (24), o plenário da Câmara aprovou por 206 votos a 179 a extensão da política de valorização do salário mínimo a todos os aposentados e pensionistas, o que pode causar um impacto anual de 9 bilhões de reais, segundo o governo. A medida tem que ser aprovada ainda pelo Senado e, se isso ocorrer, a presidenta Dilma Rousseff deve vetar.
Mas, segundo Cunha, o melhor que o governo tem a fazer é abandonar a votação da medida provisória de valorização do salário mínimo. O texto prevê correção pela inflação mais a variação da economia, a título de ganho real.
“O governo deve esquecer essa MP, não deve nem concluir essa votação. Foi um ato contra o trabalhador, que poderia ter uma política de salário mínimo regulamentada, mas que terá que esperar outra oportunidade. Não se trata de proteger aposentados. Trata-se de dar uma correção salarial a todos os aposentados, com recursos públicos, que nem os funcionários da ativa têm”, afirmou Cunha, referindo-se ao ganho real previsto na política de valorização em anos subsequentes a um bom desempenho da economia. (Folhapress)