Sábado, 01 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de maio de 2016
A Mesa da Câmara finalizou nesta quinta-feira ato que mantém quase todos os benefícios parlamentares de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apesar de ele ter sido afastado do cargo e do mandato por ordem do Supremo Tribunal Federal.
Mesmo sem trabalhar e impedido de exercer a atividade parlamentar, Cunha terá, pelo ato, direito ao salário integral de R$ 33,7 mil, a permanecer na residência oficial da Câmara, uma mansão no Lago Sul de Brasília, além de R$ 92 mil mensais para pagamento de salário de assessores, plano de saúde, segurança pessoal, carro privativo e aeronave da FAB para deslocamentos aéreos.
O ato, que já está pronto, depende apenas da assinatura do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA).
Cunha perderá apenas o chamado “cotão”, de R$ 32,5 mil, valor usado para reembolso de gastos parlamentares, como aluguel de escritório e alimentação.
De acordo com o primeiro-secretário da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), o objetivo foi manter uma equiparação com os benefícios que serão mantidos para Dilma Rousseff no seu período de afastamento.
A presidenta afastada, no entanto, passará a receber a partir de agora apenas metade de seus vencimentos.
Cunha foi afastado do cargo pelo STF no último dia 5 sob a acusação, entre outras, de usar o cargo para impedir investigações contra si na Justiça e no Congresso. (Ranier Bragon, Márcio Falcão/Folhapress)