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Câmara quer escolha para o STF como é no TCU

Quando o assunto é mandato para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a ideia que mais prospera na Câmara dos Deputados é estabelecer um sistema semelhante ao do Tribunal de Contas da União (TCU), ou seja, com a indicação dos ministros compartilhada com o Congresso e não exclusividade do presidente da República. O assunto já foi discutido com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que gosta da ideia. Mandato de 8 anos, como senadores, também agrada.

Três saem do Planalto
Dos nove ministros, três são escolhidos pelo presidente da República. Dois precisam ser auditor ou membro Ministério Público junto ao órgão.

Seis são do Congresso
Compete a Câmara e Senado revezar na indicação de outros 6 ministros do TCU, sem qualquer exigência de vínculo com carreira de Estado.

Um fala, outro obedece
O ministro Gilmar Mendes (STF) e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já falaram sobre o assunto. Não gostaram.

Terão que me engolir
Ao se falar sobre mandato para o STF, o consenso é que eventual limite de tempo não alcançaria quem já está na Corte. Seria só para novatos.

General de Lula já é comparado a Gregório Fortunato
O papel do general Gonçalves Dias nos atos criminosos de 8 de janeiro, caso se confirmem as suspeitas da oposição, faz lembrar o caso de Gregório Fortunato, segurança (na época, “guarda-costas”) de Getúlio Vargas acusado do “Atentado da Rua Tonelero”, no Rio, que, destinado a assassinar Carlos Lacerda, acabou por matar o major Rubem Vaz. Mas, na época, poucos duvidavam da honradez de Getúlio, considerado incapaz de ordenar um assassinato, mesmo do seu maior adversário.

Puro carreirismo
Para o cientista político Paulo Kramer, a diferença dos casos é que, ao contrário de Fortunato, o caso atual revela “o mais abjeto carreirismo”.

Canina lealdade
Estudioso de História, Kramer lembra que o “anjo negro” de Getúlio comandou pistoleiros contra Lacerda “por canina lealdade ao patrão”.

Lugar na História
Getúlio deixou a vida e entrou para a História em 24 de agosto de 1954, por não suportar a escalada do caso “Atentado da Rua Tonelero”.

Vai de novo
Por pedir demissão, o general de Lula escapou da convocação da Comissão de Segurança da Câmara. A oposição não se deu por vencida e deve convocar o ex-ministro de Lula na CPMI do 8 de janeiro.

Nem na esquerda
Nem deputados lulistas engoliram Guilherme Boulos (PSOL-SP) como relator da MP de Lula que recria o Minha Casa, Minha Vida. Foi removido para onde possa exercer melhor a antipatia criticada por colegas.

Não pagou, dançou
O selo de verificação do Twitter, símbolo que atesta a veracidade do perfil, foi derrubado para usuários que não pagam pelo serviço. Entre os excluídos, a primeira-dama Janja e o deputado Guilherme Boulos.

Mão leve no seu bolso
O Brasil se aproxima dos R$1 trilhão em arrecadação de impostos, taxas e contribuições. O tamanho da tunga vem sendo registrada pelo impostômetro, ferramenta da Associação Comercial de São Paulo.

Precedentes
Na representação contra Márcio Jerry (PCdoB-MA) por assédio contra Júlia Zanatta (PL-SC), o PL cita o caso, na Alesp, do deputado estadual de São Paulo Fernando Cury (União Brasil), que apalpou uma colega. Cury foi suspenso por seis meses e virou réu por importunação sexual.

Pedala, Ibama
O deputado Felipe Becari (União-SP) pediu audiência ao presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, após a absurda multa de R$17 mil que o órgão aplicou a um ribeirinho, que viralizou por fotos com uma capivara.

Bom para poucos
O CEO da Exxon, maior petroleira do mundo, recebeu aumento de 52% em 2022. Na Petrobras, várias vezes menor, o chefão petista Jean Paul Prates agora embolsa R$165 mil mensais, afora regalias e mordomias.

Régua aplicada
Diversos políticos, do ex-governador do DF Rodrigo Rollemberg (PSB) à senadora Soraya Thronycke (União-MS) perderam “selos” de verificação no Twitter, nos últimos dias. O serviço agora é pago.

Pensando bem…
…cinco dias depois de imagens em vídeo provarem sua omissão nos atos criminosos de 8 de janeiro, o general de Lula continua solto.

PODER SEM PUDOR
Luta livre
Concluída uma reunião de líderes no Senado, quando Lula era presidente pela primeira vez, Antero Paes de Barros (PSDB-MT) contou haver começado a vida como repórter esportivo. ACM, dono da Bahia, lembrou que também foi jornalista esportivo. O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) não perdeu a piada, dirigindo-se ao velho babalaô baiano: “O senhor devia cobrir muita luta livre e vale-tudo, não é?”

Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos

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