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Variedades Camila Morgado, Tainá Müller e Eduardo Moscovis protagonizam o primeiro thriller brasileiro original da Netflix

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A gaúcha Tainá Müller vive a destemida Verônica, em "Bom dia, Verônica". (Foto: Suzana Tierie/Netflix)

A série “Bom Dia, Verônica”, que estreou nessa quinta-feira (1º), é o primeiro thriller original brasileiro da Netflix e já chega com o pé na porta. A obra aborda temas como relacionamento abusivo, violência doméstica, sexismo e corrupção policial.

Na trama, Tainá Müller vive Verônica, uma escrivã da Delegacia de Homicídios de São Paulo que após presenciar um suicídio resolve ajudar mulheres vítimas de abuso. Ao mesmo tempo, a policial ainda tem que conciliar a carreira com a vida familiar.

“Nesse ponto eu me identifico 100% com a personagem. Quando eu estava fazendo a Verônica, eu estava exatamente nesse momento. Eu tinha um filho de 3 anos, fazia todas aquelas cenas, chegava em casa e tinha que dar o jantar, botar pra dormir. No dia seguinte tinha que estar lá no set, com o texto estudado, pronta para fazer a Verônica, subir no muro, atirar, rolar, dar soco na cara do Du (Moscovis). E acho que essa é uma questão muito contemporânea da mulher, a gente está nesse lugar de deixar de se cobrar tanto. Acho que todas as mulheres estão muito sobrecarregadas”, afirma Tainá Müller.

Violência doméstica

Intérprete de Janete, uma mulher que sofre com os abusos do marido, Brandão (Eduardo Moscovis), Camila Morgado acredita que a série tem um importante papel de visibilidade e conscientização. “Eu tive muito respeito por viver a vítima. Tive um comprometimento com que ela fosse bem retratada e fosse verossímil. A gente conversou muito sobre os estágios que a vítima passa: o primeiro momento é sempre vergonha. Ela sente culpa, se sente responsável, não entende que aquilo tem nome. Ela acha que é responsável por isso. O agressor acha que a vítima é propriedade dele, tanto o corpo da vítima assim como seus pensamentos e todo o meio social da vítima é propriedade dele. Violência de gênero é uma violência que está pautada no poder. Então eu quis fazer essa passagem dela (Janete) começar a entender que sofre violência doméstica, que é vítima, que existe um nome para aquilo sim. E o nome é violência doméstica. E portanto ela tem que fazer a denúncia.”

Maria Angela de Jesus, diretora de originais brasileiros da Netflix, conta que a produção trabalhou com entidades de apoio à vítimas de violência doméstica. “Nós trabalhamos com organizações locais para passar essa mensagem, mas passar de uma forma responsável, com uma preocupação de trazer o tema sem glamorizar a violência, sem trazer um olhar equivocado sobre isso. Contamos muito com o apoio dessas entidades pra ter responsabilidade no tratamento do assunto. Isso que é importante.”

Com cenas tão fortes, Tainá conta que foi impossível não se envolver emocionalmente com toda a história. “Não tinha como não me envolver pessoalmente com o tema porque eu estou falando de uma realidade brasileira. Eu sou mulher. Eu entendo o meu lugar de mulher branca, mas também me interesso pela interseccionalidade do feminismo. Estudei e me atento para como é ser uma mulher negra, como é ser indígena hoje na nossa sociedade. Então, é um tema que me toca muito, sempre me tocou. Então não tive como não me envolver pessoalmente no assunto porque me diz muito respeito. Eu acho que diz respeito à todas as mulheres. Diz respeito não só às mulheres, mas à toda a sociedade em que a gente vive.”

Eduardo Moscovis, que vive o agressor, também acredita na importância da conscientização. “Eu tomo essa questão muito para o lado pessoal, sabe. Para o meu lado pessoal de ator, homem, que vive no pólo econômico do país, na Zona Sul carioca… Eu me sinto responsável de fazer com que esse tema seja levantado, questionado e refletido. Do meu privilégio nato, eu acho que é fundamental a gente se questionar, questionar o nosso comportamental. E acho que a partir de mim pode ser que apareça uma reflexão.”

Elenco de peso

Tainá Müller, Camila Morgado e Eduardo Moscovis mostram sua versatilidade em papéis com os quais não estão habituados. Para dar vida a Verônica, Tainá fez laboratório na Delegacia de Homicídios, aprendeu a lutar e a usar armas. “A Verônica é uma mulher forte. Para mim, como atriz, eu tive que manter uma vibração muito alta, elevada. Ela é pilhada, eu queria passar isso. Ela se atropela, não pensa. Então como atriz, eu sempre me aquecia antes de entrar em cena pra manter essa vibração, esse sangue que corre rápido. Eu sempre senti a Verônica assim, com um ritmo diferente, por exemplo, dos outros personagens. Ela está sempre acelerada”, revela.

A submissão de Janete (Camila Morgado) a Brandão (Eduardo Moscovis) também é retumbante. “Como é que a gente estabelece essa relação do Brandão com a Janete? É lógico que a Janete vai potencializar o perigo do Brandão. A Camila como atriz vai reforçar a minha atuação na medida em que ela se sente insegura ou ameaçada por mim. Isso é fato”, diz Du Moscovis sobre o processo de construção dos personagens.

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https://www.osul.com.br/camila-morgado-taina-muller-e-eduardo-moscovis-protagonizam-o-primeiro-thriller-brasileiro-original-da-netflix/ Camila Morgado, Tainá Müller e Eduardo Moscovis protagonizam o primeiro thriller brasileiro original da Netflix 2020-10-01
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