Tem explicação a constrangedora insegurança do ministro da Educação, Camilo Santana, ao anunciar nesta terça (4) a “suspensão” da lei federal da reforma do ensino médio. A amigos e assessores próximos ele confessou a angústia: é contra a revogação, mas não consegue resistir à pressão da “ala ideológica” do PT. Entidades estudantis tipo Ubes e UNE, aparelhadas por partidos de esquerda, também o pressionaram. Os ativistas exigem espaço para doutrinação ideológica.
Desmontando Temer
“Tudo é falácia”, diz um amigo de Camilo Santana, inconformado com o desmonte. “Tudo só porque foi o (Michel) Temer quem fez a reforma”, diz.
Síndrome de Estocolmo
Durante a coletiva, o ministro da Educação mostrou que de fato se entregou à pressão, passando a reproduzir mentiras da turma do atraso.
Diálogo nacional
Camilo alegou falta de “diálogo”. Lorota. Especialistas e autoridades do MEC foram a inúmeras audiências públicas nas cinco regiões do País.
Todos foram ouvidos
As audiências públicas do MEC para debater a reforma do ensino médio envolveram professores, alunos, secretários estaduais, academia.
Denúncia diz que PRTB foi usado em atos de janeiro
Denúncia ao Ministério da Justiça e à Polícia Federal indica possível apoio da direção provisória do PRTB aos atos de vandalismo que ocorreram em Brasília no início do ano. A denúncia, em caráter anônimo e que a coluna teve acesso, lista o nome e a função de 16 supostos envolvidos. Entre eles, o ex-presidente provisório do partido Júlio Fidelix, o filho Júlio Cesar, a esposa Odethe Calumbia e o enteado Jhon Heberte. A coluna solicitou posicionamento à direção nacional do PRTB. Em vão.
Reuniões no PRTB
Diz a denúncia que Júlio usou a estrutura do partido para “reuniões golpistas” e daria apoio material e financeiro para a “linha de frente”.
Passe no caixa
Odethe, segue o documento, seria responsável por receber valores em espécie da “venda” de diretórios do partido.
A prole
Jhon faria o repasse dos valores aos vândalos e Julio Cezar Filho estaria na segurança de Odethe, transporte e ocultação de bens, diz a denúncia.
Haja ‘grupos de trabalho’
Cem dias depois, enquanto nada faz de relevante, Lula governa por medidas lacradoras. Já são dezenas de “grupos de trabalho” criados para discutir temas que, na verdade, exigem providências do governo
Haja lacrações
Como medida contra a violência nas escolas, o governo federal resolveu criar um disque-denúncia. Medida tímida perto do tamanho do problema. Para isso, já existe o 190, da polícia militar, ou o 197, da polícia civil.
Ato ‘antidemocrático’?
O chanceler de enfeite Mauro Vieira continua sendo escanteado. Na terça (4), coube ao aspone Celso Amorim, e não ao próprio ministro das Relações Exteriores, despachar com japoneses sobre o Brasil no G7.
É a ‘narrativa’
A última MP assinada por Lula abriu crédito de R$640 milhões “para proteção de povos indígenas”, diziam as manchetes amigas. Mas só 22% da grana vai para programa do Ministério dos Povos Indígenas.
‘Insurreição’ na trave
Na quinta (6), “manifestantes” invadiram e depredaram, em Paris, a sede francesa da BlackRock, o maior fundo do mundo, que controla US$ 11 trilhões. A dois quarteirões da sede do governo de Emmanuel Macron.
Sem trégua
Em café da manhã com jornalistas, em Brasília, o presidente Lula sugeriu que vai aliviar o fogo contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Mas vai continuar atacando a taxa de juros.
Disputa soteropolitana
O PSD baiano, da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT), se articula para ter nome próprio para disputar a Prefeitura de Salvador. Hoje, o partido trabalha para que seja o deputado Antônio Brito.
Não convence
Na reunião que Fernando Haddad (Fazenda) teve com Roberto Campos Neto, o ministro ouviu do presidente do Banco Central que a receita adicional que o governo espera receber é vista com desconfiança.
Pensando bem…
…escândalo com atriz pornô, no Brasil, renderia mandato.
PODER SEM PUDOR
Vendaval de besteirol
No Recife, o então prefeito petista João Paulo (PT) era do tipo que só abria a boca quando tinha certeza, lembrando um antigo bordão de programas humorísticos na TV. Certa vez, em discurso inflamado, ele produziu esta pérola: “Não tenho medo e não abro nem para o suriname!…” Queria se referir a tsunami, o maremoto destruidor que na mesma época o então presidente Lula chamou de “vendaval”.
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos