Sábado, 26 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 1 de dezembro de 2015
No dia 3 de julho, a sociedade brasileira se comoveu com a enxurrada de ofensas sofridas virtualmente pela jornalista Maju Coutinho, garota do tempo do “Jornal Nacional”. Um incidente que gerou reações imediatas de celebridades, figuras políticas e entidades civis, mas também serviu de inspiração para uma campanha encabeçada pela ONG Criola, atuante na defesa dos direitos das mulheres negras.
“Não é possível ignorar esses ataques e achar que não haverá consequências para os ofensores. A campanha visa a expor essas situações e fazer com que a sociedade se posicione contra esse retrocesso”, afirma Jurema Werneck, fundadora da Criola, no texto-base do projeto.
Em parceria com empresas de publicidade urbana e com o auxílio da ferramente GeoTag, a organização engendrou uma ação ousada: instalou outdoors em locais próximos às residências de alguns dos internautas que xingaram Maju no Facebook. Sem exibir o nome ou a foto de perfil dos usuários, a campanha “Racismo virtual. Consequências reais”, de acordo com os princípios divulgados em seu site oficial, não tem a intenção de expor ninguém, mas, sim, conscientizar a população a partir do choque. (AG)
Em Feira de Santana (BA), outdoor exibe post racista contra a jornalista Maju Coutinho. (Foto: Reprodução)
Campanha “Racismo virtual. As consequências são reais” também passou por Vila Velha (ES). (Foto: Reprodução)