Domingo, 12 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 27 de setembro de 2022
Segundo correligionários do pedetista, documento foi visto pelo eleitorado como um “mais do mesmo” e não deve refletir em votos nesta reta final
Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilApesar do grande número de comentários nas redes sociais, pesquisas internas realizadas pela campanha do presidenciável Ciro Gomes (PDT) mostram que não houve grande repercussão positiva com o “Manifesto à Nação” divulgado pelo candidato à Presidência da República nesta segunda-feira (26). No texto, o pedetista reafirmou a manutenção de sua candidatura e criticou a campanha pelo voto útil.
Segundo coordenadores da campanha, o documento foi visto pelo eleitorado como um “mais do mesmo” e não deve refletir em votos nesta reta final, antes do primeiro turno. Os mais pessimistas já acreditam que as pesquisas divulgadas a partir desta terça (27) até momentos antes da votação devem mostrar ainda uma tendência de queda de intenções de voto em Ciro Gomes.
O manifesto
No manifesto, o pedetista reforçou sua oposição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o texto, aqueles que pedem voto útil “querem eliminar a liberdade das pessoas de votarem”. Porém, levantamento do PDT mostraria que, em especial os recentes posicionamentos de artistas e famosos, deixaram no antigo eleitor de Ciro Gomes a ideia de que o voto útil poderia ser uma forma de reafirmar a democracia.
No documento, Ciro tentou se contrapor também à acusação de que tem servido de “linha auxiliar” do presidente Jair Bolsonaro (PL), isso depois das críticas terem aumentando ainda mais após os dois terem sido flagrados cochichando no Debate CNN, realizado no último fim de semana.
Conversa com Bolsonaro
Nesta terça, em entrevista coletiva, Ciro voltou a se defender e afirmou ter conversado com Bolsonaro em dois momentos do debate: um em que disse ao presidente que não poderia pedir direito de resposta; e outro em que teria informado a Bolsonaro o nome do candidato do PTB (Padre Kelmon).
Voto útil
Ciro Gomes voltou a criticar a estratégia do “voto útil” durante agenda em Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo. “Todas as leituras que se fazem das pesquisas hoje são basicamente que eu sou a segunda opção tanto dos eleitores do Lula como do Bolsonaro. Que, entretanto, estão tristes, obrigados uns a votar contra os outros por conta da tal história do voto útil”, disse.