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Campanha de Lula pede que Janja não rebata falas de Michelle Bolsonaro

Objetivo é evitar que a campanha presidencial se transforme numa "guerra de religiões".(Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

Tudo o que a campanha de Lula não quer é transformar a campanha presidencial numa “guerra de religiões”, ainda que até agora não esteja conseguindo. Assim, foi pedido à socióloga Rosângela Silva, a Janja, que não mais rebata as pregações de Michelle Bolsonaro, como fez duas semanas atrás.

No início de agosto, Janja usou o Twitter para rebater uma postagem de Michelle Bolsonaro sobre o ex-presidente em cerimônia de Umbanda. A atual primeira-dama usou as redes sociais para atacar Lula e associar religiões de matrizes afro-brasileiras às “trevas”. O vídeo compartilhado mostra o petista durante um ritual da umbanda no ano passado, em Salvador. Na legenda, Michelle Bolsonaro escreveu: “Isso, pode, né? Eu falar de Deus, não”.

As imagens de Lula recebendo um banho de pipoca em uma celebração umbanda foram registradas durante evento na Assembleia Legislativa da Bahia, em Salvador, em agosto de 2021. O ato realizado na cerimônia representa para religiões de matrizes africanas a extração de energias negativas para purificar o ambiente.

Sem citar nomes, Janja disse em sua redes sociais que Deus é “sinônimo de amor, compaixão e, sobretudo, de paz e respeito”. A socióloga declarou ainda ter aprendido “que Deus é sinônimo de amor, compaixão e, sobretudo, de paz e de respeito. Não importa qual a religião e qual o credo. A minha vida e a do meu marido sempre foram e sempre serão pautadas por esses princípios”.

O vídeo compartilhado por Michelle foi publicado pela vereadora Sonaira Fernandes (Republicanos-SP), que disse que “Lula já entregou sua alma para vencer essa eleição”. O deputado federal Pastor Marco Feliciano (Republicanos-SP) também divulgou o vídeo em suas redes. “Crente que vota nesse homem apostata da fé! É fazer pacto com o maligno!”, escreveu o parlamentar.

A publicação da atual primeira-dama ocorreu depois de ela ser alvo de críticas da oposição por dizer que, por muito tempo, a Presidência foi um lugar “consagrado aos demônios”. Antes, Michelle também foi criticada por realizar vigília no Palácio do Planalto.

Em nota, a assessoria de Lula disse que o ex-presidente respeita as religiões e sua liberdade de culto e não hostiliza manifestações religiosas. Em um discurso, o ex-presidente também afirmou que ele sancionou a lei que criou o Dia da Marcha para Jesus, em 2009, proposta pelo bispo e então senador Marcelo Crivella, da Igreja Universal do Reino de Deus.

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