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Campanhas publicitárias, shows e outros momentos em que a tecnologia “ressuscitou” famosos

Em campanha, Elis Regina canta "Como nossos pais" em dueto com a filha, Maria Rita. (Foto: Reprodução)

Na última semana, um dueto inesperado chamou a atenção do público. Elis Regina e Maria Rita aparecem cantando juntas em uma propaganda comercial com a ajuda da inteligência artificial.

Muito se falou sobre esse encontro entre mãe e filha. Mas entre elogios e críticas, o fato é que essa não é a primeira vez em que o mercado publicitário, e até mesmo o artístico, “ressuscita” estrelas que já morreram para suas produções.

Relembre alguns artistas que foram trazidos de volta à cena com a ajuda de algum tipo de tecnologia depois de partirem e deixar saudades:

Tom e Vinicius 

Em 1991, uma marca de cerveja colocou Tom Jobim e Vinicius de Moraes para cantarem e brindarem juntos novamente.

Com a ajuda de efeitos especiais, Vinicius, que morreu em 1980, volta a encontrar Tom. Em uma das cenas, a imagem de Vinicius aparece refletida no piano, que está sendo tocado por Tom. Em outra, os dois chegam a fazer um brinde com seus copos de cerveja.

E em vários momentos, eles parecem estar realmente olhando um para o outro.

Assim como o comercial de Elis Regina e Maria Rita, apesar de toda tecnologia usada, a propaganda traz uma trilha real que toca o telespectador. Tom canta “Eu sei que vou te amar”. E em seguida, Vinicius recita o “Soneto da Fidelidade”. Tom morreu três anos depois dessa gravação.

Audrey Hepburn

Ainda falando sobre comerciais, Audrey Hepburn ressurgiu, 21 anos após sua morte, em um comercial de chocolate lançado em 2014.

Mais uma vez, a computação gráfica foi usada e possibilitou o projeto. Para que o vídeo de 60 segundos fosse ao ar, o time de produção trabalhou ao longo de um ano inteiro.

Tudo começou com a busca de atrizes parecidas fisicamente com Audrey, passando por um intenso processo de escaneamento facial. A equipe gravou mais de 70 movimentos possíveis no rosto de uma pessoa.

O projeto ainda contou com três semanas de gravação na Costa Amalfitana, um modelo em 3D da atriz, e um longo processo na parte técnica pra colocar Audrey, em sua versão de 1953, “em cena”.

O comercial não tem nenhuma fala, mas ainda assim, o vídeo trouxe a voz original da atriz. Isso porque a trilha usada é a gravação de “Moon River” feita por Audrey para o filme “Bonequinha de Luxo”.

James Dean

Vários filmes já fizeram homenagens póstumas para alguns artistas, inserindo cenas gravadas anteriormente para os personagens, como foi o caso de Carrie Fisher, que apareceu, dois anos depois da sua morte em “Star Wars: A Ascensão Skywalker”.

Mas as imagens da Princesa Leia não foram geradas por tecnologia. Elas tinham sido gravadas paro “Episódio VII” da saga, mas nunca foram usadas.

Só que os produtores de um outro projeto dos cinemas planejam ir além. Eles querem fazer renascer o astro dos cinemas James Dean, com a ajuda da computação gráfica, para o filme “Finding Jack”.

O ator de filmes como “Juventude Transviada” e “Vidas Amargas” morreu em 1955 em um acidente de carro, aos 24 anos.

Em 2019, uma produtora contou que obteve os direitos de imagens de Dean com a família do ator.

Com isso, ele deve aparecer no filme, que será ambientado na guerra do Vietnã, só que num papel secundário. O filme ainda não foi lançado e, depois desse anúncio que rolou de 2019, nada mais foi falado sobre o projeto.

Michael Jackson

Essa mesma técnica foi usada para trazer Michael Jackson de volta aos palcos em uma apresentação emocionante.

O cantor morreu em 2009, mas em 2014, o Billboard Music Awards surpreendeu o público com uma performance emblemática do cantor.

Assim como muitas outras que o artista fez em vida, a apresentação trazia um cenário exuberante, um balé ensaiadíssimo e uma banda com 5 integrantes.

Michael surgiu sentado em um trono, vestido com uma jaqueta dourada. E assim que se levantou, a plateia ficou impactada.

Enquanto cantava “Slave to the Rhythm”, Michael fazia uma performance no centro do palco, sem deixar de lado o “moonwalk”, passinho é a marca registrada do cantor.

Nenhuma daquelas imagens era de arquivo. Tudo foi criado por tecnologia. E a apresentação foi resultado de cinco meses de trabalho.

Segundo alguns representantes legais do cantor, ela quase não aconteceu por causa de um processo judicial.

Whitney Houston

Uma outra história de holograma também ficou no quase. Mas essa, apesar de ter sido gravada, realmente não aconteceu. Ou melhor: até aconteceu, mas não foi exibida como o programado.

Em 2016, o “The Voice” gravou um dueto entre Christina Aguilera e Whitney Houston. Só que as imagens vazaram antes de o programa ir ao ar.

E quando isso aconteceu, os representantes legais de Houston decidiram cancelar a apresentação. Anos depois, o site TMZ informou que eles não faziam a menor ideia de que o dueto póstumo tinha sido gravado. E ainda segundo a publicação, os representantes chegaram até a cogitar a ideia de entrar com um processo contra a empresa que fez o holograma, já que tudo foi criado sem autorização.

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