Quinta-feira, 06 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 26 de abril de 2019
O técnico Luiz Felipe Scolari se irritou com alguns torcedores do Palmeiras que protestaram e xingaram os jogadores após a vitória por 4 a 0 sobre o Melgar. A partida foi realizada na noite de quinta-feira (25) em Arequipa, no Peru, pela Taça Libertadores. Em entrevista coletiva, o treinador chamou o grupo que fez as ofensas de “um bando de palhaços” e ameaçou até deixar o clube se a diretoria quiser.
“Deve ter uns quatro ou cinco que não têm noção do que dizem aos jogadores. Gritando algumas bobagens. Se querem gritar bobagem, ter um culpado, achem a mim. Sou eu que escalo os jogadores. Vão lá, gritem comigo, briguem comigo, xinguem a mim. Mas não xingar os jogadores. Jogaram, venceram, classificaram e foram xingados? Pelo amor de Deus”, disse Felipão.
“Se não estão contentes, vão lá e peçam para a direção do Palmeiras: ‘Nós não estamos contentes e queremos que o Felipe vá embora’. Vou embora amanhã. Acabou o assunto. Um bando de palhaços. Quatro ou cinco palhaços”, completou.
Um grupo de torcedores xingou os atletas palmeirenses que ficaram no campo após o apito final. Ao ver a situação, Felipão foi discutir com os palmeirenses e chegou a rebater: “Pipoca é você, filho da p…”. O atacante Dudu também ouviu ofensas das arquibancadas quando foi substituído no segundo tempo.
Desde a eliminação na semifinal do Campeonato Paulista para o São Paulo, o Palmeiras tem sofrido cobranças de parte da torcida. No jogo contra o Junior de Barranquilla em 10 de abril, inclusive, o ônibus da delegação foi apedrejado na chegada ao Allianz Parque. O ato foi repudiado pela principal torcida organizada do clube.
A vitória sobre o Melgar garantiu o Palmeiras nas oitavas de final da Libertadores. O time só precisa empatar com o San Lorenzo daqui a duas semanas, em 8 de maio, para assegurar o primeiro lugar do grupo.
Ônibus
O técnico do Palmeiras disse que o time não sentiu medo por ter o ônibus atacado com pedras e garrafadas na chegada ao Allianz Parque, no dia 10, onde venceu por 3 a 0 o Junior Barranquilla, pela Libertadores. O treinador afirmou que o elenco tratou o episódio com naturalidade e disse que os autores da ação são bandidos e não são torcedores reais do clube.
“Eu não tenho medo de bandido. Ninguém tem. Temos respeito pelo nosso torcedor, pelo nosso clube. Ninguém estava assustado. Tanto é que os jogadores enfrentaram isso com naturalidade. Não vamos dar visibilidade a quem não merece”, afirmou o treinador. O clube descobriu que, para a saída do time do estádio, estava organizado um outro ataque, mas a polícia foi avisada e reforçou a segurança.