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Economia Presidente do Banco Central “não gosta de juros altos”, nega atuação política e descarta alterar meta de inflação

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"A gente acredita que é possível fazer fiscal junto com bem-estar social", disse o presidente do BC.

Foto: TV Cultura/Divulgação
"A gente acredita que é possível fazer fiscal junto com bem-estar social", disse o presidente do BC. (Foto: TV Cultura/Divulgação)

Em entrevista nesta segunda-feira (13), o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que a instituição “não gosta de juros altos” e negou atuação política à frente do BC.

“O Banco Central não gosta de juros altos. A nossa agenda toda é social. A gente acredita que é possível fazer fiscal junto com bem-estar social, mas é difícil ter bem-estar social com inflação descontrolada. Inflação é imposto que afeta muito classe mais baixa”, disse o economista.

Durante participação do programa “Roda Viva”, Campos Neto foi questionado sobre a relação com integrantes do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sobre as críticas recebidas por petistas nas últimas semanas.

“Ao longo de quatro anos, você acaba desenvolvendo proximidade com algumas pessoas. Você precisa diferenciar proximidade com independência de atuação. Se BC quisesse agir politicamente, não teria subido juros [em ano eleitoral].”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez reiterados e duros comentários sobre a atuação do BC e de Campos Neto, que foi posto no cargo após recomendação do ex-ministro da Economia Paulo Guedes.

Embate Lula e Campos Neto

Lula reclamou dos juros altos, atualmente a 13,75% ao ano, o maior patamar em seis anos. “É uma vergonha esse aumento de juros e a explicação que eles deram para a sociedade brasileira”, disse o petista no dia 6 de fevereiro em um discurso durante um evento no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

No dia seguinte, voltou ao assunto em entrevista a veículos de mídia alternativa.

“Não é possível que a gente queira que este país volta a crescer com taxa de 13,75%. Nós não temos inflação de demanda. É só isso. É isso que eu acho que esse cidadão [Campos Neto], indicado pelo Senado, tenha possibilidade de maturar, de pensar e de saber como vai cuidar deste país. Ele tem muita responsabilidade”, afirmou.

Campos Neto, por outro lado, rebateu as críticas no dia seguinte em uma palestra nos Estados Unidos e destacou apenas que a autonomia do BC serve para separar as diretrizes monetárias da esfera política.

“A principal razão no caso da autonomia do Banco Central é desconectar o ciclo da política monetária do ciclo político porque eles têm planos e interesses diferentes. E quanto mais independente você for, mais eficaz você é e menos o país pagará em termos de custo de ineficiência na política monetária”, afirmou.

Nas eleições de 2022, Campos Neto votou usando uma camisa amarela da seleção brasileira de futebol. Ao ser questionado sobre a peça de roupa durante o programa, ele disse que agora é o momento de “esquecer essas coisas pequenas”:

“Agora é hora da gente se unir, esquecer dessas coisas pequenas”. “O problema não é de banco independente, não é de banco ligado ao governo. Problema é que esse país tem uma cultura de viver com os juros altos”, afirmou. “Quando o Banco Central era dependente de mim, todo mundo reclamava. O único dia em que a Fiesp [federação da indústria paulista] falava era quando aumentava os juros. Era o único dia […]. Agora, eles não falam”, disse o presidente na segunda-feira.

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