Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 14 de março de 2022
Tereza Cristina afirmou que agora os frigoríficos brasileiros podem exportar produtos para mais de 200 mercados ao redor do mundo.
Foto: Marcello Casal Jr/Agência BrasilA ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina Dias, disse nesta segunda-feira (14) que o Canadá aprovou as importações de carnes bovina e suína do Brasil, de acordo com uma publicação nas redes sociais.
Cristina, que viajou ao Canadá para conversar com fornecedores locais de fertilizante à base de potássio, afirmou que agora os frigoríficos brasileiros podem exportar produtos para mais de 200 mercados ao redor do mundo, meta que foi colocada pela ministra quando assumiu a pasta, há mais de três anos.
“Estamos em Ottawa e acabamos de sair do ministério da agricultura canadense com duas ótimas notícias: a abertura do mercado de carne suína e bovina para este país”, disse ela.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) esclareceu em nota que a abertura do Canadá no segmento de suínos é válida, inicialmente, para os estabelecimentos sob inspeção federal em Santa Catarina, pois na época da solicitação inicial aos canadenses, o Estado era o único reconhecido como livre de aftosa sem vacinação, um critério estabelecido pelas autoridades do país.
“As negociações seguirão em curso para a inclusão, no futuro, de novas áreas já reconhecidas com o mesmo status pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE)”, disse a entidade.
Conforme dados da associação, as exportações de carne suína de Santa Catarina representam pouco mais de 50% dos embarques do setor no Brasil.
Na avaliação da ABPA, o Canadá é um dos mais importantes mercados abertos na última década. “Lá, o setor produtivo deverá atuar em complementaridade à produção local, com oferta de produtos premium”, afirmou.
Sobre a área de fertilizantes, a ministra da Agricultura acrescentou que ainda tem diversas reuniões agendadas para esta segunda-feira no Canadá.
Como quarto consumidor global de fertilizantes, responsável por cerca de 8% deste volume e como maior importador mundial, o Brasil busca novos mercados de fertilizantes, já que a Rússia, principal fornecedor do país, sofre sanções mundiais por causa da guerra na Ucrânia.
O Brasil importa cerca de 85% de todo o fertilizante usado na produção agrícola nacional. No caso do potássio, o percentual importado é de cerca de 95%.