O câncer de ovário está entre as principais causas de morte relacionadas a câncer nas mulheres. Ele é um dos dez tipos de tumor mais comuns e é pouco sintomático, por isso, é preciso estar atenta.
A doença possui maior incidência em mulheres na menopausa e o risco de desenvolver este câncer ao longo da vida é de 1,3%. Entre os fatores que contribuem para um risco aumentado estão a primeira menstruação precoce (abaixo dos 12 anos), menopausa tardia (acima dos 52 anos), obesidade e tabagismo. Por outro lado, a gravidez, a amamentação e o uso de contraceptivos orais agem reduzindo o risco do câncer de ovário.
A oncologista Dra. Michelle Samora, do Centro de Oncologia do Hospital 9 de Julho, reuniu algumas dúvidas comuns e que podem fazer a diferença na busca pelo diagnóstico e tratamento da doença:
1- Durante a idade fértil as mulheres não desenvolvem câncer de ovário.
Mito: Esse tipo de câncer é realmente mais comum em mulheres que já estão na menopausa, acima de 50 anos, mas isso não é uma regra. Recomenda-se que durante a idade fértil, as mulheres mantenham acompanhamento ginecológico regular, não apenas em razão do câncer de ovário, mas também para prevenção do câncer de colo de útero e avaliação de doenças sexualmente transmissíveis.
2- Tomar pílula diminui as chances de câncer nos ovários?
Verdade: Estudos apontam que mulheres que fazem uso de medicamentos anticoncepcionais têm menos chances de desenvolver câncer nos ovários, mas não significa que quem toma ou tomou anticoncepcional não terá a doença.
3- Cisto no ovário é câncer!
Mito: Definitivamente ter um cisto não significa ter um câncer. Mas é importante que a mulher que tem um cisto faça acompanhamento médico para que seja tratado corretamente e, dependendo do caso, removido.
4- Câncer de ovário não tem sintomas.
Mais ou menos: É verdade que no estágio inicial da doença os sintomas são bem discretos, mas podemos considerar os sinais abaixo como um alerta:
● Aumento desproporcional na vontade de urinar;
● Dores na região abdominal;
● Indigestão;
● Cansaço intenso e sem motivo aparente;
● Sangramentos vaginais anormais;
● Rápida perda de peso.
Histórico
Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), em 2018 foram registrados 6 mil novos casos de câncer de ovário no Brasil aproximadamente, valor muito inferior ao número de mulheres com diagnóstico neste mesmo ano de câncer de colo de útero (16.370 mulheres) e de mama (59.700 mulheres), por exemplo. Apesar da baixa incidência, está entre as principais causas de óbito relacionadas ao câncer nas mulheres.