O câncer de pele segue como o tipo mais comum no Brasil, com índices alarmantes. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 220 mil novos casos de câncer de pele não melanoma são registrados a cada ano no País, representando 31,3% de todos os diagnósticos de câncer. Apesar disso, a doença é amplamente evitável com medidas simples de proteção diária.
Com a chegada do verão, a campanha Dezembro Laranja busca conscientizar sobre os perigos da exposição ao sol e reforçar hábitos preventivos. A enfermeira Paola Ravanello, professora do curso Técnico de Enfermagem da Fundatec, destaca o papel da prevenção, especialmente nos períodos de maior exposição. “A prevenção é a forma mais eficaz de reduzir a incidência de câncer de pele e evitar complicações graves, especialmente durante o verão, quando a exposição solar aumenta”, afirma.
Os principais fatores de risco incluem a exposição prolongada à radiação ultravioleta (UV), principalmente entre 10h e 16h, e o uso de câmaras de bronzeamento artificial. Pessoas com pele clara, tendência a queimaduras solares ou histórico familiar de câncer de pele também estão mais suscetíveis. Além disso, grupos como idosos, trabalhadores ao ar livre e pessoas com baixa imunidade devem redobrar a atenção.
Reconhecer os sinais da doença é fundamental para o diagnóstico precoce, conforme destaca Paola. Alterações em pintas ou manchas, como bordas irregulares, assimetria, variação de cor, aumento de diâmetro ou mudanças em sua aparência ao longo do tempo, são indicativos de alerta. Outros sintomas incluem feridas que não cicatrizam, lesões novas ou de crescimento rápido, e descamação inexplicável. Segundo a professora, é importante buscar um dermatologista ao notar qualquer alteração.
No dia a dia, o uso de protetor solar com FPS 30 ou superior é indispensável, assim como evitar a exposição ao sol nos horários de maior risco e usar roupas apropriadas, chapéus e óculos com proteção UV. Crianças e idosos precisam de cuidados específicos: os pequenos devem evitar exposição direta ao sol, enquanto os mais velhos, com pele mais sensível, devem priorizar protetores de alta proteção e hidratação constante.
Embora o câncer de pele seja um dos tipos mais frequentes, ele também é um dos mais tratáveis quando detectado no início. Procedimentos simples, como cirurgia ou crioterapia, apresentam altas taxas de cura nos estágios iniciais. Paola reforça: “O prognóstico é excelente quando o diagnóstico ocorre precocemente, destacando a importância do autoexame e de consultas regulares ao dermatologista”.