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Mundo Candidata à presidência dos Estados Unidos é presa em protestos pró-Palestina em Washington

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Jill Stein, foi presa no sábado (27) em um protesto pró-palestino na Universidade de Washington, em St. Louis. (Foto: Reprodução)

A candidata à Presidência dos EUA do Partido Verde, Jill Stein, foi presa no sábado (27) em um protesto pró-palestino na Universidade de Washington, em St. Louis, mas “não temos conhecimento de nenhuma acusação no momento”, disse o porta-voz de sua campanha.

Stein estava no protesto para apoiar os estudantes que haviam montado um acampamento e declarado que não sairiam até que a Universidade de Washington se desvinculasse da Boeing e boicotasse as instituições acadêmicas israelenses, entre outras exigências.

Em um vídeo gravado antes de sua prisão e postado no X, antigo Twitter, a candidata do Partido Verde disse apoiar os estudantes e seus direitos constitucionais de liberdade de expressão.

“Vamos ficar aqui na fila com os estudantes que estão defendendo a democracia, os direitos humanos e o fim do genocídio”, disse Stein.

David Schwab, diretor de comunicações da “Jill Stein for President”, disse que a candidata tentou acalmar a situação entre os manifestantes e a polícia na tarde de sábado, mas que a polícia “não foi receptiva” e começou a prender os manifestantes logo em seguida.

“Como disse a Dra. Stein, é vergonhoso que as administrações universitárias estejam tolerando o uso da força contra seus próprios alunos que estão simplesmente pedindo paz, direitos humanos e o fim de um genocídio que o povo americano abomina”, afirmou Schwab.

O gerente e o vice-diretor de campanha de Stein também foram presos.

Genocídio

Em um post fixado no seu perfil no X, de outubro do ano passado, ela fala sobre a origem de sua família e seu posicionamento contra a guerra em Gaza, que ela classifica como “genocídio”.

“Como judia que cresceu logo após o Holocausto, com parentes que fugiram dos pogroms (ataques da população não-judia contra os judeus na área do Império Russo) e um avô chamado Israel, eu levo o “nunca mais” a sério. E isso significa nunca mais para ninguém. Nunca mais é agora. Devemos pôr fim imediato a este genocídio”, diz o texto, postado junto de um vídeo mostrando a destruição no campo de refugiados de Jabalia.

A médica e política foi pré-candidata pelo nanico Partido Verde nas eleições de 2012 para presidente dos EUA e candidata ao mesmo cargo em 2016, quando conseguiu cerca de 1% dos votos totais, pouco mais de 1,4 milhões de votos.

Ela já esteve envolvida em outros protestos que acabaram em prisão ou processo judicial durante sua atuação política em campanha.

Em 2012, ela foi presa após tentar entrar no espaço de um debate entre candidatos presidenciais, em protesto contra a exclusão de partidos nanicos no debate, como o PV. Em 2016, ela se juntou a grupos indígenas que lutavam contra a construção de um oleoduto que passava por suas terras, e enfrentou processo judicial após pichar uma frase de protesto em um trator.

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