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Brasil “Candidato à Presidência da República vai precisar de discurso sobre segurança pública”, diz o governador gaúcho

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"Sistema eleitoral estreitou o caminho do PSDB como alternativa no País", disse Eduardo Leite em entrevista. (Foto: Fernando Gomes/ALRS)

Apontado extraoficialmente como virtual candidato à Presidência da República na eleição do ano que vem, o governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) define como “nítida” a preocupação dos brasileiros com a segurança pública. Ele avalia que o tema deverá estar presente nos discursos dos próximos postulantes do Palácio do Planalto.

Esses e outros temas foram abordados em entrevista ao portal Estadão. Confira, a seguir, os principais trechos.

1) O senhor disse que se o PSDB demorasse muito para definir o futuro da legenda, ‘as pessoas poderiam ter saídas individuais’. Essa é uma referência sobre o que o senhor deve fazer, já que a governadora de Pernambuco se definiu pelo PSD?

Estou há mais tempo no PSDB do que fora dele, na minha vida. É um partido que deu uma grande colaboração ao Brasil, governando e, quando foi oposição, protagonizando a oposição, também de uma forma qualificada, oferecendo caminhos alternativos ao País. É inegável que o partido passa por um momento difícil por vários motivos: do nosso sistema eleitoral, das regras do jogo, seja a questão da cláusula de barreira, seja pelo financiamento eleitoral, bem como pelo desenho do sistema eleitoral brasileiro, o que estreitou muito o caminho para o PSDB novamente protagonizar uma alternativa ao País.

E aí, várias figuras do partido começaram a ter conversas individualmente sobre os seus próprios rumos, porque todos os que estão no PSDB desejam contribuir por meio do partido, mas, se o PSDB tem um caminho estreito, eles procuram outras alternativas. Isso foi percebido pelo presidente Marconi Perillo. Ele abriu uma conversa dentro do partido sobre fazer um movimento em conjunto, em grupo: encaminhar para uma fusão ou uma nova federação, enfim, ou até uma incorporação a algum partido, desde que levasse também as bandeiras e as causas que o PSDB se debruça.

Tudo isso começou a ser discutido. No momento em que se abriu essa discussão no partido, eu procuro acompanhá-las dentro do PSDB. Acho que a gente tem uma jornada ainda para cumprir dentro desse caminho.

2) O caminho do senhor não vai ser individual?

Não pretendo fazer um caminho individual. Pretendo fazer com o partido. Mas o partido é complexo; existem lideranças em vários locais, disputas regionais. Não está ainda certo qual vai ser o entendimento. Mas eu não vou trabalhar, nem gerar especulação sobre o meu caminho individualmente antes de procurar o caminho do grupo, do conjunto, do partido, ao qual eu quero colaborar para que ele possa manter-se dando contribuição à política nacional.

Acho que é muito importante que o PSDB – seja numa fusão ou numa federação – esteja presente no debate da política nacional, porque ele já deu muita contribuição e tem muito a contribuir ainda para o Brasil. Acredito nisso e vou colaborar nessas discussões. Só após um entendimento sobre os rumos que serão tomados pelo partido é que eu vou identificar se o rumo que o grupo encaminhou é o que melhor atende àquilo que vejo como caminho para contribuir na política.

Programa estadual

3) Muitos identificam como inspiração do programa RS Seguro o Pacto Pela Vida, do falecido governador Eduardo Campos, em Pernambuco, e o trabalho na área feito por Renato Casagrande, no Espírito Santo. Eles seriam, de fato, inspirações de seu programa?

Não foram. Respeito, mas não. Não os conheci profundamente para serem a inspiração do nosso modelo. Da minha parte, o que melhor observei foi o próprio sistema nova-iorquino. Tive a oportunidade de participar inclusive de reuniões de governança do Condado de Staten Island, Nova York, quando estive por lá. Quando começamos o governo, identificamos isso: preciso ter os dados, o foco territorial e um sistema de governança para acompanhar isso e empurrar na direção correta.

4) Vários dos estudiosos da segurança pública do País dizem que outras iniciativas, como a do senhor, foram feitas em Estados, mas depois foram abandonadas. O que pretende fazer para que o programa RS Seguro não tenha o mesmo destino?

A deputada Nadine Anflor já tomou a iniciativa de protocolar um projeto na Assembleia Legislativa, e ela tem legitimidade para isso, uma vez que trabalha e trabalhou conosco, como chefe da Polícia Civil. E nós vamos definir nos próximos dias se vamos enviar um novo projeto que venha substituir esse ou se vamos utilizar o projeto dela, fazer alguns ajustes que sejam necessários e utilizá-lo como canal para aprovar essa legislação.

O importante para nós é que se consolide como uma política de Estado e não apenas de governo. Ao fazer a lei, a expectativa é que haja um impulso para a continuidade do programa, a despeito de qualquer alteração de governo que venha acontecer. Nós temos eleições no ano que vem, a sociedade gaúcha com toda a legitimidade vai escolher um novo governador ou uma nova governadora e o que nós desejamos é que a prática bem sucedida não comece do zero.

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