Ícone do site Jornal O Sul

Candidato do pavio curto

Desde 16 de setembro de 2015, quando Ciro Gomes assinou ficha de filiação, o PDT despreocupou-se com a escolha do candidato à Presidência da República. (Foto: Banco de Dados/O Sul)

Desde 16 de setembro de 2015, quando Ciro Gomes assinou ficha de filiação, o PDT despreocupou-se com a escolha do candidato à Presidência da República. Muitos trabalhistas, porém, passaram a ter receio de que repetisse os frequentes tropeços verbais, pondo tudo a perder.

Em 2002, por exemplo, quando concorreu ao Palácio do Planalto pelo PPS, disse que a então esposa, a atriz Patrícia Pillar, tinha um dos papéis mais “importantes”, que era “dormir” com ele. Liderava as pesquisas e despencou, chegando em quarto lugar.

Ontem, na convenção nacional, Ciro correu na frente, prometendo que tomará “muito mais cuidado” com as declarações que faz publicamente.

Resistirá às provocações de Jair Bolsonaro?

Convite fora de hora

Na convenção nacional do DEM, realizada ontem para lançar o deputado federal Rodrigo Maia ao Planalto, o presidente do MDB, Romero Jucá, disse que “devemos estar unidos”. É o que o DEM não quer. Se o plano fosse ficar acoplado, já teria manifestado a intenção.

Para se afirmar, o partido que teve sua origem na União Democrática Nacional, fundada em abril de 1945, precisa buscar faixa própria. De outro modo, vai minguar.

Nova era nas compras

O Diário Oficial da União publicará, até o final deste mês, instrução normativa da Receita Federal, último passo necessário para a abertura de Free Shops em 28 municípios brasileiros da fronteira, sendo dez no Rio Grande do Sul. A garantia foi dada quarta-feira à noite, em Brasília, pelo ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, aos deputados estaduais Frederico Antunes e Gabriel Souza. Antunes preside a Frente Parlamentar em Defesa da Instalação de Free Shops.

Como se iniciou

Com frequência, são levantadas dúvidas sobre as vantagens e desvantagens da renegociação do governo do Rio Grande do Sul em 1997.

Convém reconstituir os fatos. Em meio à hiperinflação e ao descontrole das contas públicas, a União se dispôs a rolar as dívidas de 23 Estados por 30 anos, emitindo títulos do Tesouro Nacional. No total, 112 bilhões de reais.

Onde queria chegar

O objetivo de Brasília com a renegociação era possibilitar o ajuste fiscal e garantir recursos para o desenvolvimento. Significaria um tubo de oxigênio estendido aos Estados. Porém, muitos governadores não seguiram as condições dos contratos assinados.

Gastança não parou

Um dos itens da renegociação exigia que a receita das privatizações fosse utilizada somente para abater as dívidas. Não ocorreu. Pior: os governadores partiram para a assinatura de novos empréstimos, fazendo com que o endividamento tomasse o rumo de espiral.

A isso se somaram muitos outros desmandos, o que justifica o buraco sem saída em que a maioria dos Estados se encontra hoje.

Para mostrar quem manda

Manifestantes que provocaram longos congestionamentos durante o dia de ontem no trânsito de Porto Alegre contam com algumas certezas: a população não tem compromissos de trabalho, não leva filhos às escolas, não agenda consultas médicas, não está protegido pelo direito constitucional de ir e vir livremente.

Mais uma comprovação dos novos e desregrados tempos.

Quando perdem a razão

Cerca de 400 integrantes do Movimento dos Sem- Terra invadiram ontem o parque gráfico do Grupo Globo no Rio de Janeiro. Armados com facões, atearam fogo a pneus e picharam o local.

É só se voltar ao passado e constatar em que países fatos idênticos se registraram e para qual regime descambaram.

Mudança

Em setembro deste ano, a ministra Carmen Lúcia encerrará o mandato como presidente do Supremo Tribunal Federal. Será sucedida pelo atual vice, ministro Dias Toffoli.

Está comprovado

Não deve ser difícil tornar-se um bom político. Basta ter os mesmos valores da maioria dos cidadãos brasileiros.

Obra do ilusionismo

Algumas assessorias de marketing político poderiam anunciar: “Simpático, assertivo, moderno, sem partido, sem sobrenome e sem propostas claras? Elegemos”.

Sair da versão mobile