Por Redação O Sul | 28 de julho de 2015
Há um toque de Brasil na campanha presidencial argentina. À frente nas pesquisas, o governador de Buenos Aires, Daniel Scioli, prometeu a aliados peronistas que importaria do país vizinho a ideia de um Ministério das Cidades, criação que ele fez questão de frisar que foi do ex-presidente Lula, um dos políticos brasileiros mais bem avaliados pelos argentinos e frequentemente citado pelo candidato.
Na segunda-feira, Scioli anunciou que Lula deverá visitar a Argentina nos próximos meses para participar de um ato de sua campanha: a inauguração de uma das oito UPAs (unidades de pronto-atendimento) que pretende abrir em Buenos Aires. A oposição critica as unidades, indicando que os problemas das UPAs brasileiras foram replicados por lá.
Fundeb alviceleste
Outro que promete importar experiências brasileiras é o candidato Sérgio Massa, da Frente Renovadora. Ex-prefeito da cidade de Tigre, Massa incluiu em suas promessas de campanha a criação de um fundo para a educação à semelhança do brasileiro Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica). Os recursos seriam providos pelo governo federal, tal qual o do Brasil, e repassados diretamente aos diretores das escolas e professores, que poderiam usá-los de acordo com as necessidades locais.
O candidato José Manuel De la Sota, governador de Córdoba, vem defendendo que o país volte a se aproximar do vizinho brasileiro. Em seu programa de governo, sugere que o Brasil pode ajudar a Argentina a voltar aos mercados globais de crédito, contribuindo na solução do impasse com os chamados fundos abutres. (Mariana Carneiro/Folhapress)
