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Cantor Netinho revela que está com câncer do sistema linfático

O maior dos sucessos na voz de Netinho foi "Mila", símbolo do axé music lançado em 1996. (Foto: Reprodução)

O cantor Netinho, de 58 anos, foi diagnosticado com câncer do sistema linfático. O anúncio foi feito através da divulgação do boletim médico no site oficial do artista, no sábado (22).

O comunicado, assinado pela diretoria médica do Hospital Aliança Star, em Salvador (BA), detalha que após a descoberta do linfoma, Netinho está com “acompanhamento onco-hematológico”, sob coordenação da médica Glória Bonfim, e segue com suporte médico especializado.

A nota não informa o estágio da doença, nem o tratamento que será feito. No mesmo comunicado, a unidade informou que Netinho recebeu alta hospitalar. Ele deu entrada no no Hospital Aliança Star no dia 25 de fevereiro, após sentir dores nas pernas. Na ocasião, o baiano revelou que precisou desmarcar os shows que estavam marcados para o Carnaval deste ano.

No dia 26 de fevereiro, Netinho relatou que sentiu dor nas costas e dificuldade para andar após fazer três shows no final de semana, em cidades de Alagoas e Pernambuco.

“Meu médico, Dr. Paraná, quando me examinou, pediu para me internar porque ele disse que tenho o corpo muito mexido pela medicina por causa de tudo que eu passei em 2013”, disse ele.

Naquele ano, o artista sofreu problemas vasculares no abdômen, depois teve complicações por conta de uma biópsia hepática, com sangramento no fígado.

“Já fiz três cirurgias no cérebro, tenho quatro stents, uma válvula cerebral. Ele precisa, nesse momento, investigar fundo a dor para saber a causa porque pode ser uma coisa pior ou não. Então, estou fazendo uma série de exames, exames criteriosos”.

Linfoma

Conforme o Instituto Nacional do Câncer (Inca), Linfoma ou Doença de Hodgkin é um tipo de câncer que se origina no sistema linfático, conjunto composto por órgãos (linfonodos ou gânglios) e tecidos que produzem as células responsáveis pela imunidade e vasos que conduzem essas células através do corpo.

A doença surge quando uma célula de defesa do corpo, ou linfócito, se transforma em uma célula maligna, capaz de multiplicar-se descontroladamente e disseminar-se. A célula maligna começa a produzir, nos linfonodos, cópias idênticas, também chamadas de clones. Com o passar do tempo, essas células malignas podem se disseminar para tecidos próximos, e, se não tratadas, podem atingir outras partes do corpo.

A doença inicia, com maior incidência, no pescoço e na região do tórax chamada mediastino. O linfoma pode ocorrer em qualquer faixa etária, porém é mais comum entre adolescentes e adultos jovens (15 a 29 anos), adultos (30 a 39 anos) e idosos (75 anos ou mais). Ainda de acordo com o Inca, homens têm maior propensão a desenvolver o linfoma de Hodgkin do que mulheres.

A incidência de casos novos permaneceu estável nas últimas cinco décadas, enquanto a mortalidade foi reduzida em mais de 60% desde o início dos anos 1970 devido aos avanços no tratamento. A maioria dos pacientes com linfoma de Hodgkin pode ser curada com o tratamento disponível atualmente.

Netinho

Ernesto de Souza Andrade Júnior, Netinho, nasceu em Santo Antônio de Jesus, no recôncavo baiano, em 12 de julho de 1966. Aos 10 anos, ele se mudou com a família para Salvador. Na capital, entrou em contato com a música e começou cedo a sua carreira musical.

Aos 14 anos, ganhou seu primeiro violão aos 14 anos, um presente de sua mãe, e aos 16 ingressou no curso de Engenharia Civil da Universidade Católica do Salvador. Naquela época, conciliava os estudos com pequenos shows em escolas da cidade, até que começou a tocar profissionalmente em bares, com o repertório de MPB e Bossa Nova.

Em 1984, descobriu o Carnaval ao desfilou como folião no Bloco Beijo, ainda sob comando de Luiz Caldas & Banda Acordes Verdes. Em 1987, descobriu que “o pai do axé” deixaria o grupo e foi chamado para um teste para substituí-lo.

Em 1988, Netinho estreou como cantor da Banda Beijo no Carnaval de Salvador e, no mesmo ano, estourou em todo o país com o sucesso “Beijo na Boca”. Em seguida, emplacou outros hits, como “Estrela primeira”, “Barracos”, “A vida é festa”.

O maior dos sucessos na voz dele foi “Mila”, símbolo do axé music lançado em 1996, três anos após ele lançar carreira solo. Ao longo da carreira, Netinho se tornou ídolo nacional e ajudou a difundir o axé music pelo mundo, fez apresentações em países como Itália e Chile

Como empresário, abriu um grande estúdio de gravações e mixagem no Rio de Janeiro, por onde passaram nomes como Maria Bethânia, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Laura Pausini, Lenny Kravitz. Também criou um selo para lançar novos artistas baianos. As informações são do portal de notícias g1.

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