O vereador Carlos Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou no último domingo (5) ter impedido um assalto na orla da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ).
Em uma publicação nas redes sociais, o vereador relatou ter conseguido coibir a ação de menores, com idades entre 8 e 15 anos, que tentavam realizar o assalto entre os postos 4 e 5, um ponto bastante movimentado da praia carioca.
“Há pouco, saindo de casa, mais um assalto. Impedi a ação de menores entre o posto 4 e 5 da orla da Barra da Tijuca. Já bloqueei outras malfeitorias com outros e comigo mesmo. O modus operandi é sempre o mesmo: um bando em fila indiana espaçada, um dando cobertura para o outro. Têm de 8 a 15 anos de idade e sabem que absolutamente nada vai acontecer”, escreveu Carlos Bolsonaro em sua conta no X (antigo Twitter), descrevendo a situação.
No entanto, o vereador, que está em seu sétimo mandato consecutivo na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, não entrou em detalhes sobre a forma como abordou os menores ou como conseguiu impedir o assalto. Ele também aproveitou a oportunidade para fazer duras críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em especial sobre a revogação de seu porte de arma, que ocorreu durante o atual governo.
“A polícia sempre faz suas ações, entretanto, os menores sabem que podem tudo e são liberados em velocidade cada vez maior. Me foi tirado o porte pela Polícia Federal do Lula, mas é impossível não se indignar com o crescente, escandaloso e proposital enredo”, escreveu o vereador, expressando sua indignação com o sistema de Justiça e a rapidez com que, em sua visão, os menores infratores são liberados após a prática de crimes.
Ele também criticou o que considera a “impunidade” e a sensação de liberdade com que os menores cometem delitos nas ruas. Em seu post, ele afirmou que o comportamento desses infratores é cada vez mais desafiador e audacioso, o que, segundo ele, reflete um quadro preocupante de permissividade.
“Atualmente, o conforto desses em realizar suas ações em qualquer lugar é tão grande que, às vezes, simplesmente riem da sua cara e continuam com a próxima covardia. As sementinhas do mal estão rindo à toa, como jamais pensei que fosse ver em minha vida”, lamentou o vereador, fazendo uma análise crítica sobre o que considera ser a deterioração da segurança pública no Brasil.
Esse episódio ocorre em um contexto de crescente debate sobre a segurança pública no Rio de Janeiro, uma cidade com altos índices de violência e onde questões relacionadas à atuação das autoridades e à legislação sobre armas continuam a gerar discussões acaloradas.
Em julho de 2023, Carlos Bolsonaro teve seu pedido para renovar o porte de arma de fogo negado pela Justiça, que justificou a decisão com base na necessidade de comprovação dos requisitos exigidos pela legislação, em especial o Estatuto do Desarmamento. A renovação do porte de arma foi negada sob o argumento de que a concessão de porte de armas é “excepcional e restrita”, sendo necessária a comprovação de circunstâncias específicas para que a autorização fosse concedida.