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Brasil Carlos Marun é escolhido relator da CPI da JBS no Congresso

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Carlos Marun está enetre os palestrantes. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) foi escolhido relator da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) da JBS, instalada na semana passadano Congresso para apurar supostas irregularidades em empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) ao grupo J&F – que controla a JBS.

A escolha foi feita pelo senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), presidente da CPI, que já havia declarado que o PMDB teria preferência para indicar um relator, por formar as maiores bancadas na Câmara e no Senado.

Nos bastidores, houve pressão do PMDB e do governo para que Marun, que faz parte da “tropa de choque” de Temer, fosse escolhido relator. Para tentar diminuir a influência do peemedebista na relatoria, Ataídes Oliveira nomeou dois sub-relatores.

O deputado delegado Francischini (SD-PR) assumirá a sub-relatoria de contratos da JBS, que também tratará da delação do grupo, e o deputado Hugo Leal (PSB-RJ) ficará com a sub-relatoria de assuntos fiscais, previdenciários e agropecuários.

O próprio Ataídes Oliveira chegou a dizer que Hugo Leal (PSB-RJ) e Delegado Francischini (SD-PR) também estavam cotados para a função de relator. Os dois votaram contra Temer durante análise de denúncia na Câmara dos Deputados.

No fim de semana, Ataídes de Oliveira se encontrou com Temer e com o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassay, que afirmou que o PMDB não abriria mão da nomeação de Marun como relator.

Líderes peemedebistas também disseram que não deixariam os trabalhos da CPI andarem se Marun não fosse o relator, pela questão da proporcionalidade.

Criada em maio, a comissão só foi instalada depois que a Procuradoria Geral da República anunciou que revisaria as delações da JBS por suspeita de omissão de informações.

Os depoimentos de Joesley Batista, um dos donos do grupo, e de executivos da empresa embasaram a denúncia contra o presidente Temer por corrupção passiva, que foi barrada pela Câmara em agosto.

A CPMI

A CPI mista é composta de 17 vagas titulares para senadores e 17 cadeiras titulares para deputados titulares. No entanto, nem todos os partidos fizeram as indicações. O PMDB, por exemplo, não indicou o nome dos senadores do partido que serão titulares no colegiado quando da abertura da CPI.

O colegiado terá prazo de 120 dias (prorrogáveis por mais dois meses) para apresentar um relatório final.

A comissão terá como foco da investigação os empréstimos concedidos pelo BNDES à JBS entre 2007 e 2016, durante os governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

Pedidos de convocação

A CPMI tinha na pauta, além da oficialização do nome do relator, a votação de 95 requerimentos. Entre os quais, pedidos de convocação de empresários, políticos e de procuradores da República.

Entre os pedidos de convocação, estão:

  • Joesley Batista, acionista controlador do grupo J&F;
  • Ricardo Saud, ex-diretor de relações institucionais do grupo J&F;
  • Wesley Batista, acionista controlador do grupo J&F;
  • Marcelo Miller, ex-procurador suspeito de orientar os delatores da J&F;
  • Rodrigo Janot, procurador-geral da República;
  • Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda dos governos Lula e Dilma;
  • Lúcio Funaro, preso na Lava Jato suspeito de ser operador de propina ligado ao PMDB;
  • Antônio Palocci, ex-ministro dos governos Lula e Dilma;
  • Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ex-deputado federal e condenado na Lava Jato;
  • Dilma Rousseff, ex-presidente;
  • Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente;
  • Rodrigo Rocha Loures, ex-deputado e ex-assessor de Temer, que foi flagrado com uma mala cheia de dinheiro que recebeu de executivo da JBS.

Para as convocações serem efetivadas, os requerimentos precisam ser aprovados pelo colegiado. (AG)

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https://www.osul.com.br/carlos-marun-e-escolhido-relator-da-cpi-da-jbs-no-congresso/ Carlos Marun é escolhido relator da CPI da JBS no Congresso 2017-09-12
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