Sexta-feira, 25 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 7 de novembro de 2015
A crise financeira não abalou o mercado da carne da raça Wagyu, de origem japonesa, em que a peça de 25 quilos do contrafilé custa por volta de 4 mil reais, segundo os produtores. O quilo desta iguaria é comercializado a 300 reais e ganha cada vez mais espaço nos melhores restaurantes e boutiques do ramo no Brasil. Só para título de comparação, o valor do contrafilé “normal” sai por até dez vezes mais barato nos açougues e supermercados.
Sem crise.
“Crise? Não há crise com a carne do Wagyu. Existe demanda aqui, um nicho de mercado para a carne premium no Brasil. Mesmo que o preço tenha subido 10 reais, o cliente da carne premium não deixa de comprar”, explica o criador da raça, Daniel Steinbruch, que tem uma fazenda em Americana (SP) com 300 cabeças. Os primeiros animais da raça foram trazidos ao Brasil em 1992. Há dez anos Steinbruch comercializa o gado Wagyu, também conhecido como “Boi Japonês”. E os maiores clientes são da Região Metropolitana de Campinas, Rio de Janeiro e Sul do País.
Selo de qualidade.
A Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos da Raça Wagyu querem criar um selo de pureza com acompanhamento na hora do abate. Segundo os criadores, nem toda carne de Wagyu comercializada no País é 100% pura. Em vários Estados há cruzamentos com outras raças, que barateiam o valor da carne que chega ao consumidor, mas não garantem a suculência, maciez e aroma característicos do Kobe Beef.
“Queremos um selo para proteger esse mercado. Que a carne seja 100% pura e de origem japonesa”, defende Steinbruch, que além de criador é diretor de marketing da associação da raça. Hoje, segundo ele, tem contrafilé sendo vendido a 80 reais o quilo e que leva o nome Wagyu, sem ser. “O selo vai defender o consumidor, que não vai ser enganado”, finaliza. (AG)