Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 1 de março de 2024
Lula afirmou que Israel impõe ao povo palestino uma "punição coletiva" e que os países da Celac precisam dizer um "basta" ao que chamou de "carnificina".
Foto: ReproduçãoO presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs, nesta sexta-feira (1º), uma moção pelo “fim do genocídio” na Faixa de Gaza.
Lula afirmou que Israel impõe ao povo palestino uma “punição coletiva” e que os países da Celac precisam dizer um “basta” ao que chamou de “carnificina”.
O petista fez a proposta durante discurso na 8ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). O encontro ocorre em Kingstown, em São Vicente e Granadinas.
“As pessoas estão morrendo na fila para obter comida. A indiferença da comunidade internacional é chocante. Eu quero aproveitar a presença do nosso querido companheiro secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, para propor uma moção da Celac pelo fim imediato desse genocídio”, afirmou.
“Nossa dignidade e humanidade estão em jogo. Por isso, é preciso parar a carnificina em nome da sobrevivência da humanidade, que precisa de muito humanismo”, completou.
Na sequência, Lula sugeriu ao secretário-geral da ONU que seja invocado o artigo 99 da Carta da ONU, que diz o seguinte: “O Secretário-Geral poderá chamar a atenção do Conselho de Segurança para qualquer assunto que em sua opinião possa ameaçar a manutenção da paz e da segurança internacionais”.
O presidente pediu que o próximo país a assumir a presidência do Conselho de Segurança da ONU, o Japão, paute o tema. O petista ainda solicitou aos membros permanentes do Conselho de Segurança que deixem suas diferenças de lado e se unam em torno da paralisação da guerra na Faixa de Gaza.
O pedido direcionado aos membros permanentes se dá porque estes são os únicos com poder de veto e podem barrar resoluções tomadas por toda a organização.
“Quero pedir aos cinco membros permanentes do conselho de segurança da ONU que deixem de lado suas diferenças e ponham fim a essa matança”, disse.
Os Estados Unidos, país com assento permanente no Conselho, já vetou três resoluções que pediam um cessar-fogo na região.