Segunda-feira, 30 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 6 de setembro de 2024
Carro modelo Lamborghini Urus S de 2023 foi comprado por Deolane no ano passado.
Foto: Reprodução/InstagramA Operação Integration, que investiga uma organização criminosa suspeita de lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais, apreendeu dezenas de imóveis, embarcações, aeronaves, veículos e objetos de luxo. Entre as pessoas que foram presas, estão a advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra e o empresário Darwin Henrique da Silva Filho, dono da casa de apostas Esportes da Sorte.
De acordo com a Polícia Civil, o pagamento à vista pela compra e pela venda de carros de luxo feitas pela empresa e pelo empresário gerou “indícios da perpetração de lavagem de dinheiro proveniente do jogo do bicho e de apostas esportivas”. Em depoimento após ser presa, Deolane confirmou que comprou um carro de luxo de Darwin, um Lamborghini Urus S, por R$ 3,85 milhões.
Darwin se entregou à polícia na quinta-feira (5), junto com a esposa, Maria Eduarda Filizola. No mesmo dia, a corporação divulgou um balanço parcial da operação, que já solicitou o bloqueio gradativo de bens e ativos financeiros avaliados em R$ 3 bilhões.
Segundo o delegado Renato Rocha, que investiga o caso, apenas em um local foram encontrados 11 relógios da marca de luxo “Rolex”. Até agora, a Operação Integration apreendeu:
– Duas aeronaves e dois helicópteros avaliados em R$ 127 milhões;
– Cinco automóveis de luxo avaliados em R$ 24.440.196,79;
– R$ 439.869 em espécie;
– 2.153 dólares americanos em espécie (o equivalente a cerca de R$ 12.146,15);
– 5.819 euros em espécie (o equivalente a cerca de R$ 36.372,34);
– 6.310 libras esterlinas em espécie (cerca de R$ 46.567,80);
– 37 bolsas femininas de luxo;
– 76 anéis e 17 joias de diversos modelos;
– 16 relógios de luxo;
– Garrafas de vinho avaliadas em torno de R$ 5 mil cada uma.
Entenda
A investigação dos crimes começou em abril de 2023, a partir da apreensão de R$ 180 mil em espécie em 1º de dezembro de 2022. A apreensão foi realizada na Banca Caminho da Sorte, que pertence a Darwin Henrique da Silva, pai do dono da Esportes da Sorte.
De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, cerca de R$ 3 bilhões foram movimentados por uma quadrilha que usava empresas de eventos e casas de câmbio para lavar dinheiro de jogos ilegais. O grupo foi alvo da terceira fase da Operação Integration, que foi deflagrada na quarta-feira (4).
Segundo o inquérito, a organização criminosa usava várias empresas de eventos, publicidades, casas de câmbio e seguros para lavagem de dinheiro realizada por meio de depósitos e transações bancárias.
Os recursos foram movimentados por meio de aplicações financeiras e dinheiro em espécie, provenientes de jogos ilegais. Segundo o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Alessandro Carvalho, as casas de apostas investigadas na operação contratavam influenciadores digitais para promover jogos de azar, que são proibidos por lei.