Quarta-feira, 08 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de maio de 2015
Quatro dos quase 50 carros que se dirigem sozinhos que estão atualmente rodando na Califórnia (Estados Unidos) estiveram envolvidos em acidentes desde setembro – quando o Estado norte-americano começou a emitir licenças para companhias testarem os veículos em estradas. Dois acidentes aconteceram enquanto os veículos estavam se dirigindo sozinhos, no piloto automático. Nos outros dois, a pessoa, que ainda fica no lugar do condutor, estava dirigindo. Todos envolveram velocidades de menos de 20 quilômetros por hora.
Três das colisões envolveram carros Lexus SUVs que o Google equipou com sensores e um computador, como parte de seu agressivo plano para desenvolver um automóvel que dispense motorista. O outro acidente ocorreu com um dos veículos de teste da fornecedora de peças Delphi Automative.
Google e Delphi disseram que seus carros não tiveram culpa em nenhum dos acidentes, que não foram graves, segundo as companhias. Desde setembro, qualquer sinistro precisa ser reportado para o departamento de veículos motorizados do Estado. A agência estatal disse que foram quatro casos, mas que não comentaria sobre os culpados, citando uma lei da Califórnia segundo a qual os relatórios sobre colisões são confidenciais.
Cinco outras empresas têm licenças para teste. Quando procuradas pela agência de notícias Associated Press, todas declararam não ter envolvimento em casos de acidentes. No total, 48 carros estão licenciados para testes em rodovias.
Críticas
O fato de nem as companhias nem o Estado terem revelado os acidentes gera preocupações – especialistas dizem que o público deveria ter a informação para monitorar o lançamento da nova tecnologia, que os próprios desenvolvedores reconhecem ser imperfeita. John Simpson, diretor da ONG Consumer Watchdog e crítico de longa data do Google, apontou que o objetivo final da companhia é criar um carro sem um volante ou pedais. Isso significaria que o usuário não teria poder nenhum para interferir caso o veículo perdesse o controle, o que faz ser “ainda mais importante que os detalhes de qualquer acidente sejam públicos – para que as pessoas saibam o que está acontecendo”.
Um ponto chave para a venda de carros “autônomos” é a segurança. Suas câmeras, radares e sensores de laser possibilitariam um entendimento muito mais detalhado de seus entornos do que o obtido por humanos. Suas reações também seriam mais rápidas. Os carros podem ser programados para fazer ajustes caso sintam o perigo de uma colisão – mover alguns centímetros, apertar os cintos de segurança, buzinar e “dar farol alto” na esperança de alertar um condutor distraído. (Folhapress)
Voltar Todas de Marcas & Veículos