Sábado, 23 de novembro de 2024
Por Fabiane Vitória da Silva | 2 de março de 2022
O Projeto Lugar de Criança é na Escola tem, em seus núcleos técnicos, um debruçar profundo e crítico ao acompanhamento do cenário sanitário, priorizando as urgências de saúde global. Fazemos isso impulsionados exclusivamente por uma causa nobre: o resgate dos direitos dos nossos filhos, que implica retorno emergencial da qualidade de vida de toda uma geração em formação.
Depois de 2 anos de pandemia, cada reparação de danos sofridos pelas crianças é um passo que se dá para salvar toda a sociedade de uma tragédia anunciada.
A UNICEF declarou, num informe recente, que as perdas educacionais estão atingindo um patamar quase insuperável; o mesmo documento faz um apelo para priorizar ações de mitigação destes prejuízos, atualmente causados por medidas excessivamente restritivas, sem eficácia comprovada, no ambiente escolar.
No mundo, há exemplos de países que nunca usaram máscaras em crianças ou que não usam já algum tempo, como a Inglaterra, França, Dinamarca, Noruega, Suécia e diversos estados dos EUA. Com o apoio do CDC, outros estados americanos estão decretando o fim do mandato das máscaras. Mais recentemente, a Sociedade de Pediatria da Espanha também recomendou a retirada das máscaras na escola.
A escola é um local precioso, senão o único para muitas crianças, terem assegurados direitos fundamentais, de respeito e cuidado global. Cabe a nós, a geração de adultos, pais e educadores, o compromisso com o futuro. Estamos num momento histórico de solidificar, numa corajosa jornada de bons formadores, o triângulo família-escola, que tem na sua base, a criança. Qualquer outro foco, que não seja a infância, estará do lado covarde da história.
É urgente que as escolas deixem de ser o único espaço de convivência deformada por protocolos hostis, como a obrigatoriedade de máscaras e todos os prejuízos físicos e emocionais dela decorrentes, sendo estas as únicas evidências científicas que existem a respeito: que as máscaras são limitadoras do desenvolvimento saudável integral e da empatia humana.
Libertar os rostos das crianças de um artefato que cobre suas expressões vitais, seus sentimentos e de seus pares é um ato máximo de proteção e zelo. É um pacto com um futuro mais humano no qual, com certeza, desejamos, de maneira genuína, que nossos filhos possam viver.
Fabiane Vitória
@lugardecriancaenaescola.rs
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