Domingo, 20 de abril de 2025

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
21°
Partly Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo Carta assinada por três epidemiologistas propõe que os jovens retomem imediatamente suas vidas normais

Compartilhe esta notícia:

A vacina é a sexta a receber essa aprovação pela entidade. (Foto: Reprodução)

Em uma carta aberta, cientistas e médicos de diversos países pedem que os jovens saiam do isolamento social e a retomem a vida normal para que a chamada imunidade de rebanho contra o novo coronavírus – ponto em que a taxa de novas infecções é estável – seja construída.

De acordo com eles, a volta deste grupo às ruas vai acelerar a construção de uma barreira coletiva ao vírus e isso beneficiaria aqueles que estão em maior risco. Intitulado “A Declaração do Grande Barrington”, o apelo é destinado aos governos dos Estados Unidos e do Reino Unido.

Até essa quinta-feira (8), mais de 4,7 mil cientistas e 123.300 mil pessoas comuns haviam assinado o manifesto.

Entre os autores do documento estão o epidemiologista e professor de medicina da Universidade de Harvard, Martin Kulldorff; a professora da Universidade de Oxford com especialidade de imunologia, Sunetra Gupta; e o professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, Jay Bhattacharya.

“Sabemos que todas as populações acabarão por atingir a imunidade de rebanho e que isso pode ser assistido por [mas não depende de] uma vacina. Nosso objetivo deve ser, portanto, minimizar a mortalidade e os danos sociais até atingirmos a imunidade coletiva”, escrevem.

De acordo com os autores, as políticas de confinamento adotadas para evitar o contágio estão produzindo “efeitos devastadores” na saúde pública. Entre os exemplos citados estão os baixos índices de vacinação infantil, a redução dos exames oncológicos, o agravamento dos prognósticos das doenças cardiovasculares e a deterioração da saúde mental.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) vem defendendo justamente o contrário. Os representantes da agência internacional têm reforçado que o não cumprimento do isolamento social pelos jovens está associado à segunda onda de covid-19 na Europa.

Nesta semana, a OMS voltou a se manifestar contra a imunidade coletiva, também conhecida como imunidade de rebanho. O diretor de emergências em saúde, Mike Ryan, condenou a estratégia utilizada durante a pandemia da covid-19 por alguns países, como Reino Unido e Suécia, e afirmou que este é um sacrifício “inaceitável” contra os idosos. “Se decidirmos que todos estão infectados, haverá um preço, haverá ‘efeitos colaterais’, um termo terrível, e eu não aceito que os idosos sejam sacrificados dessa forma, não é a coisa certa e não é o que representamos como sociedade”, disse Ryan, durante uma sessão de perguntas com internautas.

O especialista irlandês garantiu que ainda é uma prioridade tentar “que o menor número possível de pessoas contraia esta doença, o que nos dá mais tempo para tratá-la, estudá-la ou desenvolver vacinas mais seguras”. Ryan reconheceu que “grandes confinamentos por muito tempo mostraram ser a melhor solução, necessária quando nada mais pode ser feito”, mas esclareceu que “devemos encontrar um equilíbrio”, entre parar esta doença e interromper a vida econômica e social “sem que isso se torne uma questão política”.

A diretora técnica da OMS para a covid-19, Maria Van Kerkhove, participou da mesma sessão com internautas, transmitida em várias redes sociais, onde relembrou as vias de transmissão do coronavírus causador da doença. Van Kerkhove esclareceu que algumas partículas expelidas podem ser aerossóis, mais finas do que algumas gotas, para que possam permanecer no ar por mais tempo e ser transmitidas a outras pessoas não apenas pelo nariz ou boca, mas também pelos olhos.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

Vacina contra o coronavírus: a Moderna anunciou que não vai licenciar a patente de sua fórmula até o fim da pandemia
Programa Mundial de Alimentos da ONU ganha o Nobel da Paz
https://www.osul.com.br/carta-assinada-por-tres-epidemiologistas-propoe-que-os-jovens-retomem-imediatamente-suas-vidas-normais/ Carta assinada por três epidemiologistas propõe que os jovens retomem imediatamente suas vidas normais 2020-10-08
Deixe seu comentário
Pode te interessar