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Colunistas Cartas à mesa

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Quatro multinacionais estão de olho na concessão da Lotex, a loteria instantânea da Caixa criada em 2015, cuja operação o Governo vai vender. A britânica IGT, a grega Intralot e a americana Scientific Games já têm representantes em Brasília. A canadense Pollard Banknote ainda estuda o setor. A concessão será por 25 anos, o lance inicial é de R$ 1 bilhão (muito baixo) e a empresa vencedora terá exclusividade no território nacional para vender as “raspadinhas”. Isso quebra as loterias estaduais. Os Governos do Rio de Janeiro e Piauí já acionaram o STF, mas o risco de judicialização do processo não assusta os investidores.

Cota social

Os Estados justificam que parte da arrecadação vai para programas sociais. Espertos, os investidores estrangeiros devem lançar mão desse discurso para ajudar entidades.

Confusão jurídica

O Artigo 28 da lei que criou a Lotex fala em ‘meio virtual’ de aposta. Isso abriu brecha para especulação de que a vencedora poderá operar caça-níqueis. Não pode.

Máquina leitora

O que uma das empresas pretende fazer, se vencer a licitação, é instalar em comércios máquinas leitoras de códigos de barra ou QR code das raspadinhas vendidas.

Número$

O Governo Federal arrecadou cerca de R$ 13 bilhões com loterias ano passado – com repasses sociais de R$ 6 bilhões, levantou o BNL-Boletim de Notícias Lotéricas.

Grande aposta

Sabem quem ajudou a criar a Lotex na Caixa em 2015? Geddel Vieira Lima, Moreira Franco (ex-vice-presidente de Loterias) e com apoio moral do deputado Eduardo Cunha.

Abraço…

Não é coincidência a escolha do deputado Bonifácio Andrada (PSDB-MG), um Aecista de carteirinha, como relator da denúncia contra o presidente Michel Temer, e o adiamento para semana que vem no Senado sobre o futuro de Aécio Neves.

…dos afogados

Muita negociação, gritos em telefones e socos na mesa vão acontecer no fim de semana entre gabinetes e telefonemas. É uma operação casada, de salvamento conjunto. Aécio precisa do PMDB e Temer do PSDB nos votos nos plenários do Senado e Câmara.

Jaboticaba na pauta

Para parte dos senadores – aqueles longe dos rolos judiciais – a operação no Senado para invalidar a decisão do STF ficou clara: é uma tentativa de legislar sobre tema penal, o que não cabe à Casa. Neste caso, Aécio deveria recorrer ao pleno do STF, mas a patota dos enrolados no Senado não quer abrir precedente e derrubar logo a punição.

Consórcio

O Rede e o Podemos devem recorrer à Justiça, a depender do que o plenário do Senado decidir sobre Aécio, na terça. É o que aponta o senador Randolfe (Rede-AP) à Coluna: “já convidei o senador Álvaro Dias e não descartamos uma ação no STF”.

Oi, colega

Mensageiro da segunda denúncia entregue ao presidente Temer, o primeiro-secretário da Câmara, Fernando Giacobo (PR-PR), teve seu nome envolvido na lista da JBS.

Leilão

Os advogados de Adriana Ancelmo, esposa de Sérgio Cabral, tentam impedir os leilões de seus bens e miram o leiloeiro Renato Guedes. A defesa critica o fato de o anúncio citar que a casa de Mangaratiba será vendida com “porteira fechada”, ou seja, com os bens dentro do imóvel, como é praxe em alguns leilões.

Coturno lustrado

O governador paulista já tem encrenca no caminho na tentativa de disputar o Planalto. O deputado Major Olímpio (SD-SP) solta o verbo: “Quero mostrar para o Brasil quem é Alckmin e acabar com a vida política dele”.

Ao leitor

A Coluna estreou nos jornais Hoje Cidade, de Sete Lagoas (MG), e O Norte, de Montes Claros (MG), que entram na rede Esplanada, hoje com 32 veículos em 24 Estados.

Ponto Final

“Há o abismo jurídico enorme que fica, caso não se cumpra a decisão do Supremo.” Do senador Randolfe, sobre o caso Aécio Neves.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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